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Ex de surfista que agrediu mulher em Bali o acusa de violência doméstica

Imagem do agressor da surfista americana Sara Taylor, em Bali - Reprodução
Imagem do agressor da surfista americana Sara Taylor, em Bali Imagem: Reprodução

de Universa, em São Paulo

06/04/2023 18h27

Carol Braga, ex-namorada de João Paulo Azevedo, surfista filmado agredindo uma atleta em Bali, disse, nesta quinta-feira (6), que foi vítima de violência doméstica quando os dois estavam juntos. Segundo ela, a relação terminou quando foi espancada por ele.

"Fui parar em um hospital com traumatismo craniano", escreveu. O caso teria acontecido em 2019. "Hoje, depois de tais notícias, resolvi me pronunciar e me expor. Não sei se estou fazendo o certo", afirmou.

A reportagem entrou em contato com o surfista por meio de mensagens no WhatsApp, mas ainda não obteve resposta. Caso ele se manifeste, este texto será atualizado. Universa também procurou Carol no Instagram, mas ela não respondeu ao pedido de entrevista.

Carol conta que, após sofrer as agressões, ficou com tanta vergonha que se isolou por três meses em uma pousada no Rio de Janeiro até as marcas do ataque sumirem. "Mas as do coração ainda duram. É muito difícil tudo isso, porque eu o amei."

Surfista brasileiro foi filmado agredindo atleta em Bali

JP Azevedo agrediu a americana Sara Taylor a socos em uma praia na Indonésia;

A americana postou o vídeo de agressão em suas redes sociais e pediu ajuda para identificá-lo;

Charlie McHarg, amiga da surfista, também foi agredida;

Ele disse ao site "A Gazeta" que se confundiu, pensando que ela era um homem. Ele diz que estava defendendo o amigo, que teria sido empurrado por Sara na disputa por uma onda;

Ainda na entrevista, JP disse que "nunca, em hipótese alguma, bateria em uma mulher".

Como denunciar violência doméstica

Se você está sofrendo violência doméstica, seja ela física ou psicológica, ou conhece alguém que esteja passando por isso, pode ligar para o número 180, a Central de Atendimento à Mulher. Funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias, dá orientação de especialistas e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo Whatsapp no número (61) 9610-0180.

Para denunciar formalmente, procure a delegacia próxima de sua casa ou então faça o boletim de ocorrência eletrônico, pela internet.

Outra sugestão, caso tenha receio em procurar as autoridades policiais, é ir até um Cras (Centro de Referência de Assistência Social) ou Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) da sua cidade. Em alguns deles, há núcleos específicos para identificar que tipo de ajuda a mulher agredida pelo marido precisa, se é psicológica ou financeira, por exemplo, e dar o encaminhamento necessário.

Também é possível realizar denúncias de violência contra a mulher pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos.