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Mulher é internada com intestino perfurado após lipo no Rio, diz família

Mulher de 59 anos fez operação em 15 de março e foi internada com intestino perfurado no dia 17, segundo família - TV Globo/Reprodução de vídeo
Mulher de 59 anos fez operação em 15 de março e foi internada com intestino perfurado no dia 17, segundo família Imagem: TV Globo/Reprodução de vídeo

Do UOL, em São Paulo

13/04/2023 11h45Atualizada em 14/04/2023 09h10

Uma mulher de 59 anos foi internada em estado grave após fazer uma lipoaspiração no Rio de Janeiro.

O que aconteceu?

Cássia Correia Avelar fez a operação em 15 de março no Hospital Barra Plástica, na Barra da Tijuca;

Ela ficou em observação na clínica a pedido de uma das médicas responsáveis pela operação;

Após não melhorar, ela foi internada com uma perfuração no intestino no Hospital Naval Marcílio Dias no dia 17, segundo familiares. Ela segue hospitalizada;

A família abriu um boletim de ocorrência contra Alberto Birman, médico que é investigado por lesão corporal;

O estabelecimento foi fiscalizado pela Polícia Civil e pela Vigilância Sanitária.

O que a família diz?

Cássia já tinha passado por outro procedimento plástico com Nicole Birman, que é filha de Alberto. Segundo a família da mulher, ela foi quem indicou o pai para a lipoaspiração.

Os parentes de Cássia se queixam que nenhum exame aprofundado foi feito na mulher após as queixas de dores.

Ao regresso [da cirurgia] ela veio meio sonolenta e se queixando de uma dor forte no abdômen. De um peso, que se encontrava naquela região. E o médico, juntamente com a médica, disse que era um procedimento cirúrgico normal. Que fazia parte do pós-operatório.
Jorge Marcelo Val Barcellos, marido de Cássia, em entrevista à TV Globo

O que dizem os envolvidos?

O marido de Cássia afirmou à TV Globo que ela está com uma infecção generalizada. O UOL buscou o Hospital Naval para saber o boletim de saúde atualizado da vítima e aguarda retorno sobre o assunto.

A defesa do médico e do hospital afirmou que "não há nexo de causalidade entre a intercorrência sofrida pela paciente e atuação do hospital", que Birman tem 30 anos de experiência e o hospital "nunca teve um óbito em suas dependências".

O advogado também afirmou que a família de Cássia impede o médico de ver a paciente e que ela assinou um termo de consentimento para a possibilidade de eventos adversos.

A Sra. Cassia foi devidamente informada sobre os riscos e benefícios da cirurgia, bem como sobre as possíveis limitações do procedimento. Além disso, foi acompanhada pelo médico e sua equipe em todas as fases da cirurgia, recebendo todos os cuidados e orientações, que somente cessaram por impedimento da família.
Lymark Kamaroff, advogado de defesa