Em depoimento à justiça espanhola nesta segunda-feira (17), Daniel Alves mudou novamente sua versão para o caso no qual é acusado de estupro. O jogador continua negando as acusações, mas no mínimo, pela terceira vez, deu uma nova versão para os fatos acontecidos no dia 30 de dezembro, em Barcelona.
No Sem Filtro de hoje (18), a jornalista Cris Fibe afirmou que em crimes de "palavra contra palavra" é frequente que um agressor mude sua versão sobre os fatos porque nem sempre existe uma prova física ou então um laudo que comprove a agressão.
Em um primeiro momento, Daniel Alves afirmou que não conhecia a vítima;
em novo depoimento, o jogador afirmou conhecer a vítima, mas alegou que houve apenas sexo oral;
nesta segunda-feira (17), Daniel mudou novamente sua versão e admitiu que houve penetração "consentida por ambas as partes".
"É um crime que deixa a vítima envergonhada, então por ser um crime de palavra contra palavra, o que eu vejo é que os agressores vão tentando se esquivar e vão tentando entender até onde a Justiça vai conseguir investigar. Isso é uma estratégia de defesa e ele só vai entregar o que souber que não dá para escapar", disse.
Ela também destacou a importância de protocolos de atendimentos para as vítimas em casos de agressões, pois isso ajuda a encuralar o suposto agressor.
Ele está mudando a versão de acordo com o avanço da investigação, então quando não dá mais para mentir, ele assume porque não tem como se esquivar. Mas, enquanto houver jeito, ele vai se esquivando porque a voz da mulher tem muito menos valor na sociedade. Crime de palavra contra palavra a tendência é que acreditem no homem. Cris Fibe
Assista ao Sem Filtro
Quando: às terças e sextas-feiras, às 14h.
Onde assistir: no YouTube de Universa, no Facebook de Universa e no Canal UOL.
Veja a íntegra do programa:
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