Titi Vidal conta curiosidade de horóscopo de jornal e como virou astróloga
Em participação no "Desculpa Alguma Coisa", videocast de Universa com Tati Bernardi, Titi Vidal, que faz o horóscopo do UOL, conta como resolveu se tornar astróloga enquanto estudava Direito.
"A astrologia era uma paixão de adolescência. Fiz o mapa aos 14 anos, mas caí de paraquedas num curso durante a faculdade".
O pontapé inicial veio de uma amiga, que a convidou para fazer um curso de férias. "Achei que era um curso básico, de um mês, mas foi de três anos, a formação básica de astrologia".
Ela ressalta, contudo, que não foi fácil a transição de sair do Direito para a astrologia.
Tive que optar e não foi fácil essa transição. Eu venho de uma família tradicional. Imagina largar o Direito pra ser astróloga? Mas sou feliz, bem mais que no Direito. Foi a melhor coisa que aconteceu. Titi Vidal
Ela contou já ter sofrido ataques por sua profissão.
Titi Vidal: "Fui atacada no Twitter, com comentários falando que é coisa boba, coisa de mulher. Ainda que fosse coisa de mulher, está diminuindo a gente, né?"
Titi considera que os ataques se devem ao desconhecimento.
Astrologia antes da astronomia
Acho que as pessoas não sabem muito sobre astrologia. A astrologia veio antes da astronomia, a astronomia surgiu da necessidade dos astrólogos fazerem as contas. Quando a gente tem a ruptura entre ciência e religião, a astrologia ficou no limbo e foi deixada de lado. E a psicologia trouxe de volta. Titi Vidal
Titi comentou também a respeito da evolução do campo da astrologia nos últimos anos.
Titi Vidal: "Quando eu comecei a trabalhar, 20 anos atrás, tinha o quê? O horóscopo lá de cada signo, duas linhas de jornal, escrita por gente que provavelmente nem era astrólogo. Hoje, felizmente, astrólogos que escrevem. Até o surgimento da internet, você tinha horóscopo de jornal e livros técnicos".
Assista ao quadro 9 Perguntas e ½ de Amor
Nada de bola de cristal
Titi Vidal diz como dá notícia ruim.
Titi Vidal: "Nunca dei certeza. Às vezes a gente pode colocar como indicação ou possibilidade. A gente sempre fala com cuidado, eu dou umas dicas, tem que contar do jeito certo".
Titi ressalta, contudo, que astrologia não é uma sentença.
A astrologia não é fatalista, não é 'vai acontecer isso, isso e isso'. Eu vou olhar todos os caminhos possíveis e como você vai contornar os momentos desafiadores. Titi Vidal
Titi Vidal: "A gente não é vidente, não tenho a bola de cristal que muita gente acha que tenho"
Ela completou: "Você não muda o mapa, mas você muda a forma de viver. O mapa te dá os caminhos possíveis e mostra como está cada um desses caminhos. Gosto de dizer que tenho as condições do barco e as de clima e maré"
Astrologia é sério. A gente está ali falando da vida da pessoa. Ela não é fatalista. A gente pode mudar pelo menos a forma como vai viver aquilo.
Tem gente que vai e quer que eu fale que é pra ela se separar. Eu posso falar a tendência do que vai acontecer, mas quem decide é a pessoa. Titi Vidal
Intervenção
A astróloga diz que uma única vez falou diretamente sobre uma decisão que alguém deveria tomar.
A pessoa estava vivendo uma relação muito abusiva e perigosa. Um ano se passou, eu tive a sensação que essa mulher estava correndo risco de vida. Quando eu falei, essa mulher começou a chorar no consultório e disse que o marido dormia armado e dizia que ela não ia acordar viva. Titi Vidal
"Eu falei pra ela que ela ia sair dali direto pra um advogado. liguei pra uma ex-colega. Mas foi a única vez que eu 'tomei a decisão'", conta.
Amor não é mais unanimidade
Titi Vidal: "Hoje há outros interesses. Antigamente era muito amor e trabalho, mas hoje tem muito trabalho, dinheiro, saúde, especialmente depois da pandemia".
A astróloga acrescenta:
Perguntam também questões existenciais diversas. Mas sempre perguntam do amor. Titi Vidal
Coisa de mulher?
Titi apontou ainda que há um grande público masculino interessado em astrologia.
Titi Vidal: "Eles têm as mesmas dúvidas. Já atendi homens chorando".
Mitos astrológicos
Inferno astral: Não existe, segundo a astróloga. Titi aponta que a sensação de tudo dar errado próximo ao aniversário pode estar ligada a "sensação de urgência, de se pensar o que fez/o que não fez no fim do ciclo".
Nos tornamos nosso ascendente depois dos 30: Também não. De acordo com Titi, "isso acontece porque geralmente dos 30, as pessoas começam se "encontrar" e se mostrar dessa forma e o ascendente está ligado a isso".
Signo bom, signo ruim
De acordo com Titi, não existe "signo bom" e "signo ruim".
O lado ruim dos signos: "Todos os signos são legais e podrinhos, igualmente. Uma coisa que acontece muito é preconceito astrológico. Alguns signos, geralmente Áries e Escorpião, o pessoal critica. Todos os signos têm os dois lados e a gente conhece muito o estereótipo do signo. A gente tem todos os signos no mapa. A gente fala que detesta um signo X, mas às vezes o signo está lá no mapa, em alguma casa".
"A gente é um mapa inteiro", pontuou.
Previsões certeiras
Titi Vidal: "Uns dois anos antes das eleições, fiz um post num Facebook pessoal sobre o Bolsonaro e tinha muita gente falando: nossa?"
A astróloga contou também ter visto a chegada da pandemia de covid-19.
Titi Vidal: "Em 2019, 20 e 21, eu falei "gente, a gente vai ter céu de guerra". Tinha momentos de peste. O céu da covid estava semelhante ao da gripe espanhola".
Titi disse que a vitória de Lula no segundo turno das eleições de 2022 também apareceu pra ela e ainda brincou que ficou nervosa quando a disputa ficou acirrada.
Titi Vidal: "Falei: Não pode ser, gente. Todo mundo previu isso [a vitória de Lula]!".
A astróloga brincou ainda que, em relacionamentos, seus parceiros "não poderiam fazer nada errado, porque ela ia descobrir".
Titi contou também que, quando começou a namorar seu marido, "tinha bons aspectos no mapa", embora não estivesse com planos de namorar àquela época.
Veja a entrevista na íntegra:
O programa Desculpa Alguma Coisa vai ao ar às quartas, às 20h, no Canal UOL, no YouTube de Universa e em plataformas de áudio.
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