Banho romano: prática sexual pode te deixar de estômago revirado
Há uma lenda que diz que, na Roma Antiga, havia, nos banquetes, um poço onde os convidados vomitavam para conseguir ingerir a maior quantidade de comida possível, pelo puro prazer de comer. É por isso que, nos anos 1980, "banho romano" tornou-se o nome popular para emetofilia, fetiche que consiste em obter prazer sexual ao ver o parceiro ou a parceira vomitando.
Adepta do BDSM (bondage, disciplina, dominação, submissão, sadismo e masoquismo), a estudante Gabriela*, 24, decidiu provar o banho romano com seu parceiro, o engenheiro Ricardo*, 26. Até então, os dois só tinham visto a prática em vídeos eróticos. Eles acertaram as questões práticas —como encontrar toalhas velhas para não estragar as roupas de cama— e colocaram a fantasia em prática em um motel.
"É que o ato, em si, dá uma sensação prazerosa, mas tudo ficou ainda mais potencializado com o fato de ele estar me vendo tão vulnerável."
"É possível que o prazer esteja na relação de dominação/submissão possível entre as duas partes", diz o especialista. "Entretanto, outras explicações também podem ser possíveis, como o prazer em contemplar, ter contato ou ser presenteado com algo que vem do próprio corpo do outro", disse o psicólogo Josué Castro.
Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística de Perturbações Mentais (DSM-V), o ator é considerado uma parafilia por ser um interesse sexual atípico, mas não patológico. A emetofilia se torna um problema quando ela é a única fonte de prazer do indivíduo, tornando-se, assim, um distúrbio parafílico.
O BDSM pode incluir a emetofilia, pois o fetiche tem um ar de subjugação. "Tem pessoas que sentem prazer em ver o outro passar por uma situação de constrangimento, de humilhação", explica o psiquiatra especializado em psicologia social Sérgio Lima.
*Com informações da matéria publicada em 11/07/2018
Leve o fetiche para casa
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