Na última semana a ONU (Organização das Nações Unidas) recomendou que o governo brasileiro faça uma reavaliação de suas políticas de saúde sexual e reprodutiva, assim como sugeriu que a prática seja retirada do Código Penal, deixando de ser crime. O Sem Filtro de hoje (16) debateu o tema e trouxe alguns pontos importantes para a discussão.
Segundo informações do Ministério da Saúde em 2018, um milhão de abortos ilegais são realizados por ano no Brasil. Ainda de acordo com o órgão, 250 mil mulheres procuram hospitais anualmente após procedimentos de aborto malsucedidos. Em 2016, foram registradas 203 mortes de mulheres no Brasil por complicações de aborto —cerca de uma morte a cada dois dias.
Apesar da ausência e defasagem dos dados existentes, a Pesquisa Nacional de Aborto, divulgada em março deste ano pela Universidade de Brasília, apontou que 23 mil mulheres tiveram complicações graves e passaram por algum procedimento relacionado a um aborto malsucedido, como curetagem, no ano de 2020.
Durante o programa, a jornalista Cris Fibe afirmou que países que descriminalizaram o aborto tiveram uma redução no número de procedimentos realizados. O motivo, segundo ela, é pelas informações sobre saúde sexual e prevenção fornecidas pelos próprios sistemas de saúde. "A prevenção evita que uma mulher passe pelo aborto uma segunda vez, então quando você melhora o acesso, protege essas mulheres e diminui o número de abortos", disse.
No acesso a seguro à saúde e com educação sexual, na verdade, a gente poderia reduzir o número de abortos no Brasil. Cris Fibe
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Assista ao Sem Filtro
Quando: às terças e sextas-feiras, às 14h.
Onde assistir: no YouTube de Universa, no Facebook de Universa e no Canal UOL.
Veja a íntegra do programa:
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