1ª audiência de ação contra Globo por assédio é adiada a pedido da emissora
A primeira audiência da ação do MPT (Ministério Público do Trabalho) contra a Globo por casos de assédio sexual e moral, que deveria acontecer hoje no Rio de Janeiro, foi adiada a pedido da emissora.
Advogados de defesa e integrantes do MPT se reuniram às 12h, e testemunhas dos dois lados dariam seus depoimentos. Segundo uma fonte ouvida por Universa que acompanha a ação, a Globo solicitou o adiamento alegando que uma das suas testemunhas não quis comparecer à audiência por medo, devido aos vazamentos de informações na imprensa. O processo corre em segredo de Justiça, e a emissora afirma que não comenta processos judiciais.
Na sexta-feira (19), a revista piauí revelou que o processo se baseia em dois casos: as acusações de assédio moral e sexual contra Marcius Melhem, ex-diretor de humor do canal (ele nega todas); e a denúncia de uma engenheira de sistema da emissora que conta ter sido vítima de violências sexuais, incluindo estupro, de quatro ex-colegas da empresa, quando trabalhava lá.
A ação do MPT pede indenização de R$ 50 milhões à emissora. O valor, caso a Globo seja condenada, não vai para nenhuma pessoa, mas para um fundo do Estado brasileiro.
O argumento é que a TV foi negligente com a sua obrigação de garantir um ambiente de trabalho saudável para seus funcionários.
A reportagem entrou em contato com o procurador do caso, Francisco Araújo, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.
A investigação para se chegar a uma ação civil pública surgiu após as denúncias de assédio contra Melhem virem à tona. Ao longo de 2021, como informa reportagem da piauí, Araújo e a procuradora Fernanda Barbosa Diniz colheram depoimentos de pessoas que denunciaram Melhem no compliance da Globo. Em março de 2022, o procurador ouviu o caso da engenheira de sistema. Em maio daquele ano, após a etapa dos depoimentos, foi que ele propôs a ação.
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