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'Quatro enfermeiras me segurando': Rita narra desespero com câncer em livro

de Universa, em São Paulo

30/05/2023 16h17

Em seu novo livro, "Outra Autobiografia" (ed. Globo Livros), Rita Lee narra a descoberta e o tratamento do câncer de pulmão. De maneira irônica e fazendo graça com a própria tragédia, ela fala honestamente sobre o desespero que enfrentou ao lidar com a proximidade da morte .

"Minha cabeça pirava de cinco em cinco minutos. [...] Em certo momento, estava com quatro enfermeiras em cima de mim, me segurando na cama para não sair feito louca pelo corredor ou me atirar pela janela. Me senti meio Linda Blair, a menina atriz possuída de O Exorcista", conta.

Em vários trechos, a cantora traz uma percepção sobre a morte espiritualizada, mostrando que tentava encarar o momento que enfrentava de maneira mais leve.

O Sem Filtro de hoje (30) falou sobre o livro e a forma como até mesmo Rita Lee lidou com a possibilidade do fim da vida. A conclusão durante o programa foi que, de forma geral, a morte dá medo porque é um tabu e conversamos sobre ela menos do que deveríamos.

Cris Fibe confessou durante o programa que tem dificuldades em falar sobre o assunto e destacou que culturas orientais acabam lidando de uma forma melhor com o tema. Ela revelou, inclusive, que encontra dificuldades para falar sobre o assunto com o filho.

Eu não sei direito como abordar e não fui criada lidando com isso de forma leve. Na minha família sempre foi motivo de desespero e o não querer pensar nisso dificulta a forma com que a gente lida. Cris Fibe

A jornalista Semayat Oliveira também citou culturas de países africanos que possuem uma relação diferente com a morte e conseguem encará-la de uma forma mais fácil e até festiva. Para ela, a morte é pautada na dor dentro da cultura ocidental.

A nossa cultura está muito presa na matéria e a nossa despedida é muito dolorida. O velório, o enterrar. A gente tem toda uma cultura muito pautada na dor dessa despedida e a cultura ocidental é bastante pautada na dor do encerramento. Semayat Oliveira

Manu Gavassi: 'Fico muito feliz de ter existido no mesmo período que Rita Lee'

Ao saber que foi citada por Rita Lee em sua autobiografia, a cantora Manu Gavassi se emocionou e também se declarou para Rita. Manu revelou que se conectou como fã ao ler a primeira autobiografia da rainha do rock, "Rita Lee: Uma Autobiografia" (ed. Globo Livros). Lendo o novo livro, teve a sensação de estar conversando com Rita. "Parece que ela sussurrando para contar as coisas. Isso é muito emocionante por si só", disse.

Sobre o fato de ter sido citada no livro, Manu afirmou que se sentiu honrada e que ficou muito feliz por Rita conhecer seu trabalho e poder se sentir homenageada por uma nova geração.

Fico muito feliz de ter existido no mesmo período que Rita Lee e, mais do que isso, ela se sentir homenageada por outra geração e conseguir ver as homenagens através das minhas músicas. Isso é mais do que eu poderia sonhar como uma fã. Manu Gavassi

Seguem aqui os outros temas que foram destaque nesta edição do "Sem Filtro":

Dá pra ser multado pela roupa que se usa dentro de casa? 'Vizinho que desvie o olhar', responde Fibe

Programa falou sobre casos de mulheres que são criticadas, advertidas e multadas pelas roupas que usam dentro de casa.

Semayat sobre Dallagnol: 'Ideia de ser submissa é dos motivos que submete mulheres a violência'

Deputado federal cassado, Dallagnol falou ao programa "Roda Viva" sobre ser contrário à PL das fake news pois censuraria discursos religiosos, como dizer que mulher é submissa ao homem.

Assista ao Sem Filtro

Quando: às terças e sextas-feiras, às 14h.

Onde assistir: no YouTube de Universa, no Facebook de Universa e no Canal UOL.

Veja a íntegra do programa:

'Outra Autobiografia', livro da Rita Lee - Divulgação - Divulgação
'Outra Autobiografia', livro da Rita Lee
Imagem: Divulgação

"Outra Autobiografia", Rita Lee

R$ 54,52