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Governo define critérios para distribuição gratuita de absorventes

Programa visa garantir absorventes higiênicos gratuitos a cerca de 24 milhões de pessoas que menstruam e estão em condições de vulnerabilidade social - iStock
Programa visa garantir absorventes higiênicos gratuitos a cerca de 24 milhões de pessoas que menstruam e estão em condições de vulnerabilidade social Imagem: iStock

Do UOL, em São Paulo

19/06/2023 10h59

Portaria do governo Lula publicada hoje no DOU (Diário Oficial da União) define critérios para a implementação do Programa de Proteção e Promoção da Saúde e Dignidade Menstrual, que visa garantir absorventes higiênicos gratuitos a cerca de 24 milhões de pessoas que menstruam e estão em condições de vulnerabilidade social.

O que diz a portaria?

O texto define que a distribuição dos itens poderá ser realizada em estabelecimentos de Atenção Primária à Saúde, do Sistema Único da Assistência Social e escolas da rede pública de ensino. Também serão distribuídos em unidades do Sistema Penal, instituições destinadas ao cumprimento de medidas socioeducativas e outras que atendam às especificações do programa.

O governo fará campanhas publicitárias relacionadas à dignidade menstrual e ao combate à desinformação sobre o tema. A portaria também aponta a produção de materiais gráficos para a divulgação do programa.

O texto também aborda a formação de agentes públicos em relação à dignidade menstrual. Serão realizados cursos de curta duração, preferencialmente à distância, e ações de educação coletiva com os profissionais.

Podem ser beneficiadas pessoas matriculadas na rede pública de ensino e classificadas como de baixa renda no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais). Também têm direito ao programa pessoas em situação de rua ou pobreza registradas no CadÚnico e indivíduos que estejam no sistema penal ou cumprindo medidas socioeducativas.

O programa leva em consideração normas estabelecidas pela Anvisa e o Ministério da Saúde. É levado em conta o ciclo menstrual mensal de pessoas em idade fértil "com estimativa de duração e de necessidades de uso médio de unidades de absorvente por dia, considerados 12 meses por ano".

O documento é assinado pelos ministros Nísia Trindade (Saúde), Cida Gonçalves (Mulheres), Camilo Santana (Educação), Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), Silvio Almeida (Direitos Humanos e Cidadania) e Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome).