65% das mulheres não conseguem engravidar por questões emocionais
Há vários fatores que podem causar infertilidade, mas hoje, o principal é ovulatório, que pode ser doença no ovário, endometriose e até mesmo porque cada vez mais mulheres têm optado por gestações tardias. "O tempo passa e vai diminuindo a reserva de ovários da mulher, a qualidade do óvulo e, consequentemente, do embrião", explica Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP.
Mas questões emocionais também impactam a fertilidade feminina: Moraes cita uma pesquisa realizada pelo Instituto Valenciano de Infertilidade, uma referência na área, que mostra 65% dos casos de dificuldade para engravidar têm relação com questões emocionais.
A Universa, Isabela Gimenez, psicóloga do Hospital e Maternidade Santa Joana, explicou que estar estressada não indica necessariamente que a mulher não conseguirá engravidar. "Não quer dizer que toda pessoa que passa por situação estressante vai ser infértil. Quando a mulher está estressada, o ciclo menstrual é impactado, por exemplo. Os aspectos fisiológicos que compõem o quadro multifatorial dessa mulher, desse casal, dessa família, que podem levar a dificuldade de engravidar."
Mas a infertilidade e a dificuldade para engravidar afeta diretamente o emocional dos casais, podendo impactar negativamente a vida como um todo. "A maternidade está associada a um lugar feminino, é como se ocupasse um lugar a partir da maternidade, ter um filho é um objetivo de vida. Quando vem diagnóstico de infertilidade, vem sentimentos de inadequação, culpa, cobrança, sofrimento psíquico", pontuou Isabela.
No "Sem Filtro" de hoje (20), a jornalista e especialista em cobertura de gênero, Cris Fibe, falou sobre o tema. "Dizer que a mulher estressada pode estar atrasando a própria gravidez não diminui a pressão. A saúde do corpo está sim ligada à saúde mental e afeta tudo, mas falar isso acaba pressionando ainda mais e joga toda a responsabilidade nas costas da mulher, que geralmente estão nas relações heterossexuais. Enquanto os homens não estão nem preocupados em fazer a gente relaxar na cama", disse Fibe.
Seguem aqui os outros temas que foram destaque nesta edição do "Sem Filtro":
Ela foi resgatada criança de trabalho doméstico: 'Dormia embaixo da mesa'
'Muitas vezes esse crime é fechado entre quatro paredes', diz Cris Fibe
A jornalista e especialista em cobertura de gênero Cris Fibe também reiterou a importância de denunciar quando há sinais de que pessoas estão sendo exploradas.
"É importante observar se há crianças e idosos que não fazem parte de determinada família e que estão ali sem se comunicar com a vizinhança", falou. Dá para fazer denúncias anônimas para a polícia —federal, civil e militar— ou pelo Sistema Ipê, do governo federal.
'Queremos nos encaixar em padrão desde que mundo é mundo', diz Cris Fibe
Estudo revelou que a selfie aumenta em 6% o tamanho do nariz e, por isso, jovens estão procurando mais a rinoplastia, cirurgia no nariz. "Eu tinha 7 anos quando comecei a me preocupar com o padrão [de beleza]. [...] Estamos sempre querendo nos encaixar em padrão, desde que mundo é mundo", disse a jornalista.
Assista ao Sem Filtro
Quando: às terças e sextas-feiras, às 14h.
Onde assistir: no YouTube de Universa, no Facebook de Universa e no Canal UOL.
Veja a íntegra do programa:
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