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Vibrador com IA que lê conto erótico: ela revela tendências de sex shops

Camila Gentile participa de Universa Talks - Divulgação
Camila Gentile participa de Universa Talks Imagem: Divulgação

De Universa, em São Paulo

22/06/2023 04h00

Quando a empresária Camila Gentile inaugurou a primeira loja da Exclusiva, em 1995, os sexshops no Brasil eram locais escuros, em que para entrar o cliente precisava tocar uma campainha. "Os produtos eram horrorosos, das embalagens aos materiais — era borracha, tinha toxicidade no produto. Nos cartões das lojas de produtos eróticos tinha escrito 'sigilo absoluto', como se fosse um crime frequentar uma sexshop", descreve. "Todo mundo morria de vergonha."

Hoje, o mercado erótico em expansão com a internet tem uma roupagem mais moderna e acolhedora, recordes de faturamento e tendências tecnológicas. A aposta do setor para o futuro, segundo a empresária, é em brinquedos integrados com inteligência artificial. São vibradores que ajustam a temperatura, pressão e velocidade e até contam históricas eróticas para ajudar a usuária a chegar lá —graças a um sistema integrado para armazenamento e execução de áudio books.

A empresária participa, no dia 24 de junho, de sessões de mentoria para mulheres que desejam impulsionar ou ressignificar a carreira durante o Universa Talks, em São Paulo. O evento é gratuito, mas o evento é sujeito à lotação. Para se inscrever, clique aqui e insira o código UNIVERSATALKS2023.

Sua carreira se voltou para o mercado de brinquedos eróticos com a expansão da seção de filmes eróticos da locadora de seu marido. Ao lado da loja de locação de fitas VHS em São Miguel Paulista, na zona leste de São Paulo, o casal abriu uma unidade só com os títulos pornôs.

"O intuito era ter só filmes adultos. Mas os clientes começaram a pedir um gelzinho, chicote e outros brinquedos e começamos a vender os produtos. Assim nasceu a Exclusiva Sexshop", conta.

Marca enfrentou preconceito para se firmar como negócio

Após a primeira unidade na zona leste, o casal abriu uma loja da Exclusiva em Guarulhos, na Grande São Paulo — lá funciona hoje a matriz da rede de sexshops, que atualmente tem 25 unidades na capital paulista e região metropolitana. A 26ª loja vai ser inaugurada no endereço onde funcionava a mais antiga sex shop da cidade de São Paulo. O espaço na Consolação, bairro na região central, foi comprado e vai ser reformado pela franquia.

A empresária afirma que o início no empreendimento foi difícil devido ao preconceito contra quem trabalhava no setor. Os bancos colocavam mais dificuldade para emprestar dinheiro para quem era do ramo, ela afirma.

"Quando fomos adquirir as primeiras máquinas de cartão de crédito, o banco tinha uma restrição para o segmento", lembra. "Tive que mudar a razão social da loja para 'comércio de produtos diversos', que abrange vestuário, para eu conseguir ter uma maquineta de cartão", conta.

Aposta no mercado tech e de saúde

Muito em breve, afirma Camila Gentile, usuárias poderão se beneficiar de vibradores programados para acordar a usuária como um despertador e aparelhos capazes de proporcionar sexo à distância. "Por exemplo, vibradores com aplicativos que podem ser acionados em qualquer lugar do mundo com conexão à internet", diz.

Assim, uma ou mais pessoas podem estar em um país, com um ou mais vibradores, e terem os aparelhos acionados pelos parceiros, no outro lado do mundo. Ou como mandar a imaginação.

No início deste mês, a sextech americana Lovense anunciou que um vibrador integrado com o ChatGPT está em desenvolvimento. Por meio de um aplicativo, usuários podem personalizar sua experiência para utilizar o brinquedo sexual de acordo com "suas preferências físicas e emocionais", compartilhou a marca.

Além de artefatos mais tecnológicos, a empresária afirma que a grande mudança será o olhar para o ramo como uma área voltada à saúde.

"Os médicos americanos já estão defendendo a tese de que o vibrador é um item muito indicado para tratar questões como incontinência urinária ou dores durante a relação sexual, pois ajuda a fortalecer a musculatura do assoalho pélvico e perda da libido", afirma.

Produtos à base de canabidiol também são uma aposta. "A indústria brasileira acabou de desenvolver um lubrificante para pessoas que têm dores e não conseguem ter penetração com conforto", relata.

Universa Talks tem patrocínio de Allegra, Buscofem, Eudora, Gino-Canesten e Intimus.

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