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Nem tudo que escorrega é lubrificante: o que você jamais deve usar no sexo

Cuidado com o que usará no sexo - Getty Images/iStockphoto
Cuidado com o que usará no sexo Imagem: Getty Images/iStockphoto

Colaboração para Universa

27/06/2023 04h00

Para combater o ressecamento vaginal ou facilitar a penetração durante o sexo anal, o lubrificante ajuda a ter transas mais gostosas. Ele também serve para deixar a masturbação mais confortável —solo ou a dois. Mas lubrificar não significa aplicar qualquer coisa escorregadia para ajudar o pênis a entrar. Produtos como vaselina ou óleo de bebê podem romper o látex da camisinha e gerar infecções e machucados.

De acordo com especialistas, a melhor opção são os lubrificantes à base de água, de preferência testados ginecologiamente, hipoalergênicos, sem álcool e sem bactericidas. Versões do tipo hot ou ice, que esquentam ou esfriam em contato com a pele, ou com aromas artificiais (encontrados em sex shops) devem ser usadas com cautela se você tem predisposição a alergias.

E o que não usar?

Óleo de coco para cabelo

Ele faz maravilhas para a hidratação capilar. No entanto, não deve ser usado como lubrificante sexual. Por ser um óleo, a substância pode estragar o látex da camisinha e deixar os parceiros suscetíveis a DSTs.

Manteiga

Não só a manteiga: não é indicado utilizar produtos comestíveis na região íntima, pois pode causar infecções e alergias.

Misturebas caseiras

Na internet é possível achar receitinhas de lubrificantes caseiros à base de azeite de oliva, clara de ovo, aloe vera ou babosa. Reflita: além de você perder o maior tempo preparando a gororoba, ela provavelmente ainda vai ter um cheiro medonho e acabar com o clima na hora H.

Vaselina

Apesar de ser uma substância bastante escorregadia, não é indicada para melhorar a lubrificação íntima, já que a substância é à base de petróleo e pode causar infecções como a vaginose bacteriana. Além disso, a vaselina também pode interferir na proteção oferecida pelo látex da camisinha. Além disso, os derivados de petróleo reagem de forma negativa com o látex -material do qual é feita a camisinha-, facilitando a ruptura do preservativo.

Sabonete, xampu ou condicionador

Sexo no chuveiro é uma delícia, mas a água pode dificultar a penetração. Então, nada melhor do que pegar algum produto que já está à mão e aplicar na vagina ou no ânus para facilitar as coisas, não é mesmo? Claro que não! Esses itens foram fabricados pensando apenas na higiene. Até mesmo o sabonete líquido íntimo feminino deve ser usado apenas para a limpeza. Xampu, condicionadores e afins podem prejudicar o pH da região.

Saliva

A saliva é viscosa, mas não é escorregadia o suficiente para substituir lubrificantes artificiais. Pior: facilita a transmissão de doenças.

Creme corporal

Usar hidratantes nas áreas íntimas podem causar inchaço e irritação generalizada, principalmente porque a maioria contém álcool na formulação. E mais: esses cosméticos trazem em sua composição substâncias como perfumes.

Óleos de bebê

OK, a textura é praticamente idêntica à dos lubrificantes vendidos em farmácia. Só que oferecem o risco de danificar o preservativo e estão ligados a infecções. Um estudo publicado pela revista médica norte-americana "Obstetrics and Gynecology" relacionou o uso do produto à presença do fungo causador da candidíase na região íntima feminina.

Fontes: Caroline Alexandra Pereira, ginecologista, obstetra e especialista em reprodução humana e endoscopia ginecológica, da Clínica Viváter, de São Paulo (SP), e Milena Franzano, terapeuta sexual e de casal do Rio de Janeiro (RJ)

Lubrificantes para experimentar

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