Topo

Mulher é internada após procedimento estético em GO; polícia investiga

Betânia Lima Guarda, 29, foi internada na sexta-feira (23) em Goiânia - Reprodução de redes sociais
Betânia Lima Guarda, 29, foi internada na sexta-feira (23) em Goiânia Imagem: Reprodução de redes sociais

Do UOL, em São Paulo

28/06/2023 16h18

Uma mulher de 29 anos foi internada após passar mal durante um procedimento estético em Goiânia. A polícia não divulgou o nome da clínica e nem das esteticistas.

O que aconteceu?

Betânia Lima Guarda fez um procedimento no rosto e nas nádegas com uma esteticista em uma clínica localizada no Setor Urias Magalhães na sexta-feira (23);

Segundo a polícia, a esteticista teria aplicado um "bioestimulador e preenchedor" em Betânia, que passou mal e foi encaminhada ao Hospital Premium, também em Goiânia;

Ainda de acordo com a investigação, a embalagem do produto aplicado em Betânia mostra que produto continha ácido hialurônico reticulado, hidroxiapatita de cálcio e silício orgânico;

A polícia foi acionada e, após diligências, descobriu que outra mulher que recebeu uma aplicação do mesmo produto foi hospitalizada na terça-feira (20) em Aparecida de Goiânia;

As profissionais responsáveis pelas duas aplicações foram ouvidas pela polícia e forneceram amostras dos materiais utilizados;

A polícia tenta entender a conexão entre os problemas de saúde das pacientes e faz oitivas para descobrir se as internações foram causadas por imperícia das esteticistas ou por problema na substância aplicada;

Betânia, que teve uma embolia pulmonar, continuava na UTI do hospital na manhã de hoje, mas apresentou melhoras e foi extubada, segundo a TV Record;

A segunda vítima já tinha recebido alta hospitalar nesta quarta-feira (28).

Encaminhamos os prontuários das vítimas para o Instituto Médico Legal para que seja verificado se o quadro que elas apresentam é próprio de algum tipo de imperícia na aplicação do produto ou se pode ter sido causado pelo próprio produto.
Delegada Emília Podestà, ao UOL

Investigações preliminares mostram que o produto aplicado nas duas mulheres não teria autorização de uso pela Anvisa, mas a polícia ainda aguarda laudos para confirmar a proibição;

Os advogados da farmacêutica responsável pelo produto foram ouvidos, alegaram que o produto é regular, mas informaram que o recolhimento preventivo da substância seria feito até que tudo se esclarecesse.

A gente encaminhou essa documentação toda para a vigilância sanitária estadual, para que elas pudessem verificar se existe mesmo essa ordem de recolhimento e se o produto era proibido.
Delegada Emília Podestà, ao UOL