Advogada de vítimas em caso Prior relata ameaças: 'Tentativa de intimidar'

Maira Pinheiro, advogada de quatro mulheres que acusam o ex-BBB Felipe Prior de estupro, falou durante entrevista ao UOL News a respeito das ameaças que vem sofrendo desde que as primeiras informações sobre o caso foram publicadas pela revista Marie Claire, em 2020.

Segundo Maira, assim que a primeira publicação ganhou destaque, as caixas de entrada de e-mail dela e de Juliana Valente, a outra advogada do caso, ficaram "recheadas de todo tipo de ataque misógino que você puder imaginar".

Só agora, com a condenação, que a devida importância foi dada a esse tipo de conduta que caracteriza crime de coação no curso do processo. Trata-se de uma tentativa de intimidar uma pessoa que é uma das partes do processo.

A advogada registrou um boletim de ocorrência devido a uma mensagem mais grave que recebeu em julho de 2021. Além disso, ela afirma ter um drive com diversas outras ameaças recebidas por e-mail.

O ataque mais grave que eu sofri foi em julho de 2021, quando recebi uma série de ligações telefônicas de um número oculto. Uma pessoa que queria saber informações sobre o caso, falou para eu sair do caso, falou nome completo da vítima, apesar de se tratar de uma informação sigilosa, e ainda assim disse que sabia onde eu morava, sabia onde todas as meninas moravam e que poderia acabar com a minha vida, da minha cliente e com a vida da minha filha, que tinha 7 anos.

"Isso aconteceu entre 4h e 5h. Eu consegui gravar uma parte de uma das ligações, porque ele não parava de me ligar. Eu sai para dar uma respirada, foi muito chocante. Eu não sabia se era uma pessoa que poderia estar na porta da minha casa ou um fanático com um telefone na mão", afirmou.

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