Topo

Violência obstétrica: Justiça de SP aceita denúncia de Shantal contra Kalil

Influenciadora denunciou médico por violência obstétrica e processo segue na Justiça - Reprodução de redes sociais e TodoSeu/Reprodução de vídeo
Influenciadora denunciou médico por violência obstétrica e processo segue na Justiça Imagem: Reprodução de redes sociais e TodoSeu/Reprodução de vídeo

Do UOL, em São Paulo

27/07/2023 14h53Atualizada em 27/07/2023 18h19

Meses após ser rejeitada pela Justiça, a denúncia de violência obstétrica feita pela influenciadora Shantal Verdelho contra o obstetra Renato Kalil foi aceita pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo).

O que aconteceu?

A decisão tornou o médico réu em primeira instância ao acatar recurso do Ministério Público.

O recurso foi acatado por unanimidade e agora o médico será julgado por lesão corporal e violência psicológica.

Ao UOL, a defesa da influenciadora ressaltou que o caso é importante porque representa "não só o caso da Shantal, mas de todas as mulheres que sofrem violência obstétrica". O advogado Sergei Arbex disse acreditar na condenação do médico.

A decisão é importante porque a primeira instância tinha avaliado que não havia prova para denúncia. Mas agora o Tribunal reconhece que há, sim. E, para nós, há provas até para condená-lo. A gente espera que seja condenado e tem certeza que vai ser
Advogado Sergei Arbex

Em nota, a defesa de Renato Kalil afirmou que a decisão apenas "autoriza o início do processo" e será objeto de recurso no Superior Tribunal de Justiça.

A defesa tem convicção de que a inocência de Renato Kalil será reconhecida pela Justiça.
Celso Vilardi, defesa de Renato Kalil, em nota

O caso

Shantal denunciou Kalil em setembro de 2021, após o nascimento da segunda filha dela.

Na ocasião, em áudio vazado, Shantal afirmava que imagens gravadas pelo marido, o modelo Mateus Verdelho, na hora do parto mostram o médico proferindo uma série de xingamentos.

O Ministério Público chegou a pedir R$ 100 mil em indenização, mas uma decisão judicial arquivou o processo contra o médico em 2022.

Na ocasião, o juiz Carlos Alberto Corrêa de Almeida afirmou que não foram apresentadas provas de que tenha havido erro médico ou procedimento inadequado no parto.