Del Monde: Sequência de abandonos levou a 'estupro de oportunidade' em BH

A colunista do UOL Isabela Del Monde afirmou em participação no UOL News desta segunda-feira (31) que o estupro de uma mulher deixada desacordada e alcoolizada em uma rua de Belo Horizonte por um motorista de aplicativo foi o chamado "estupro de oportunidade".

A colunista também criticou a sequência de abandonos da vítima, citando os termos de uso e de segurança desse tipo e serviço.

Quem conhece os termos de uso dos serviços de viagem por aplicativo sabe que tem uma orientação para que os motoristas em circunstâncias como essa acionem as autoridades competentes para prestação de cuidados.

"Ele [motorista] poderia ter chamado o Samu, uma viatura policial. Eu entendo que para ele pode ter prejuízo não fazer outra corrida, mas é a vida de uma pessoa, a vida de uma mulher que está em risco e certamente ele não apreciaria se fosse a conduta que dessem para uma filha dele se ela estivesse nessas circunstâncias", completou.

Del Monde ainda explicou que esse tipo de estupro, "de oportunidade", não é o mais comum.

É o que a gente chama de estupro de oportunidade, é um estuprar oportunista. Ele viu uma possiblidade de violar. É um estupro raro, mas esse tipo de violência do estupro oportunista certamente acontece também. Não posso imaginar o que está passando na cabeça e no coração dessa mulher. Então, quero deixar minha solidariedade.

É improvável Daniel Alves não ser condenado por estupro na Espanha, diz Del Monde

A colunista Isabela Del Monde também comentou a respeito do caso do jogador Daniel Alves, que segue preso acusado por estupro na Espanha. O jogador foi formalmente acusado pela Justiça Espanhola e, caso condenado, terá de pagar à mulher uma quantia de 150 mil euros (R$ 783 mil).

Del Monde afirmou ser improvável que Daniel Alves não seja condenado por estupro. O UOL teve acesso ao auto que será apresentado ao jogador. O documento diz que "há indícios de que Daniel Alves violentou sexualmente a mulher de 23 anos em 31 de dezembro de 2022, em Barcelona".

Acho bastante improvável o Daniel não ser condenado. É muito importante que haja uma indenização para as vítimas. A Justiça brasileira ainda não tem em nossa previsão legal que a condenação por crime de violência sexual enseja a indenização para vitima. Esse é um aprendizado para a gente trazer para o Brasil.

"Claro, as vítimas podem pedir indenização na esfera civil. Entretanto, não á essa automaticidade", completou.

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