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Cleo sobre ser criticada ao falar de sexo: 'Público não encara bem'

de Universa, em São Paulo

01/08/2023 15h52

Mulheres falando de sexo ainda incomoda. A atriz e cantora Cleo usou suas redes sociais para responder a um comentário que a comparava com Deborah Secco. Na publicação, o usuário da rede dizia que 'Deborah é a nova Cleo', pois agora falava de sexo toda hora.

"Quando um homem diz que já se relacionou com várias mulheres, ele geralmente é visto como alguém que faz sucesso entre elas. E a mulher que faz sucesso é o quê? Vulgar, perigosa. E é isso que acontece quando uma mulher como eu ou como a Deborah resolvemos falar sobre as nossas experiências de vida. A gente acaba sendo estigmatizada pela sociedade, que não julga as mulheres e os homens da mesma forma", desabafou em um vídeo.

Para Universa, Cleo falou com exclusividade sobre seu posicionamento. "Me senti totalmente coibida de poder me expressar sobre as minhas experiências, sexuais ou não, porque talvez elas não sejam tão bem encaradas pelo público, já que sou uma mulher", disse.

No "Sem Filtro" de hoje, as apresentadoras conversaram sobre como é importante para mulheres falar sobre o tema, visando o bem-estar sexual.

O programa também falou sobre como uma pesquisa feita com 1.500 usuários do app de relacionamento para casais liberais Ysos, que mostrou que 54% dos homens são resistentes ao uso de vibradorres durante a transa por medo de terem suas performances comparadas com os briquedos sexuais.

"Acho que o que realmente os assusta é a recente compreensão de que o prazer feminino é mais complexo do que eles imaginavam", diz Mayumi Sato, CMO da Ysos. "As mulheres estão entendendo melhor o prazer, isso deixa os homens inseguros e despreparados, receosos, com uma sensação de desconhecimento", explica. Para ela, como homens sempre foram focados em seu próprio prazer, descobrir que há algo mais prazeroso que suas habilidades causa um certo abalo.

Universa realizou uma pesquisa sobre comportamento sexual com mil mulheres com mais de 18 anos de todas as regiões do Brasil. Em "Prazeres Universa + Tech4Sex", 75% das entrevistadas admitiram que não têm o hábito de usar brinquedos sexuais. E a maioria das que usam fazem isso com os parceiros: 78%.

Para Mayumi, os brinquedos não substituem o sexo, mas são auxiliares do prazer. "É legal, gostoso, para algumas ocasiões especiais. Não sacia a vontade de transar com a parceria. Talvez essa compreensão traria um entendimento para os homens de que o vibrador não representa nenhum perigo", diz.

Seguem aqui os outros temas que foram destaque nesta edição do "Sem Filtro":

Solução proibida pela Anvisa é vendida como milagre

Um composto vitamínico que promete gravidez rápida tem sido vendido como milagroso em diversos posts e contas nas redes sociais. A fabricante garante ainda que o produto, chamado Vita Baby, é capaz de curar diversos problemas da saúde da mulher com apenas 20 gotas ao dia. "Isso é cruel e desrespeitoso, querem se aproveitar de um momento vulnerável das mulheres. Desconfie sempre das promessas de cura ou de dinheiro fácil", aconselha Cristina Fibe, jornalista, especialista em cobertura de gênero e colunista de Universa.

Pesquisa: trabalho é local onde vítimas de violência mais pedem ajuda

Levantamento feito pela Yves Saint Laurent Beauté revelou que muitas mulheres consideram o ambiente profissional como o único local seguro para procurar ajuda. De acordo com a pesquisa, realizada com 975 pessoas por meio de um chat interno com 93% de mulheres, elas ficam confortáveis em expressar como se sentem durante conversas com colegas. "Se a mulher consegue continuar trabalhando quando está em um relacionamento abusivo] o trabalho realmente pode ser um lugar seguro para ela se comunicar e até mesmo fazer uma denúncia", avalia Fibe.

Maio não é mais o mês das noivas: qual é a nova época preferida dos casais?

Julho, agosto e setembro passaram a ser os meses favoritos para casamentos. Não só porque fica mais barato —até 30%— na comparação com maio, mas também porque pode ser melhor para uma festa ao ar livre.

Assista ao Sem Filtro

Quando: às terças e sextas-feiras, às 14h.

Onde assistir: no YouTube de Universa, no Facebook de Universa e no Canal UOL.

Veja a íntegra do programa: