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Mulher denuncia personal trainer por agressão em academia em MG

Mulher disse que foi agredida com soco em espaço sem câmeras; ela também disse que foi assediada  - Reprodução/Redes Sociais
Mulher disse que foi agredida com soco em espaço sem câmeras; ela também disse que foi assediada Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Do UOL, em São Paulo

07/08/2023 17h32Atualizada em 08/08/2023 18h42

Uma mulher denunciou um personal trainer por agressão física durante treino em academia na cidade de Contagem, em Minas Gerais.

O que aconteceu:

A empresária de 30 anos disse que foi agredida na academia na última sexta-feira (4). Ela acionou a Polícia Militar e registrou boletim de ocorrência. A PM informou que não encontrou o personal no local.

O profissional teria dado um soco nas costas dela, além de chamá-la de "animal". Em relato à polícia, a mulher disse que as agressões físicas e verbais aconteceram em um espaço sem câmeras.

O caso teria começado quando ele a instruiu a fazer um exercício chamado "prancha", momento no qual ela teria reclamado de dores. A mulher disse que havia contratado o profissional há cerca de três meses.

Tapa nas nádegas

Em publicação nas redes sociais, a empresária disse ainda ter sido "assediada e invadida". O acusado também teria dado "dois tapas" nas nádegas dela, além de pegar na cintura, conforme mostrou reportagem da TV Globo Minas.

Eu estava em um aparelho que você fica deitado, levantando as pernas para trás. Eu ganhei um tapa na bunda, mas um tapa muito forte. Aí eu levantei imediatamente, olhei pra ele e perguntei o que estava acontecendo e ele falou comigo: 'Nossa, deixei meu celular cair em você'. Mas não foi o celular, foram as mãos dele", disse a mulher à TV.

Depois, o professor teria enviado um áudio à aluna, pedindo desculpas e dizendo que teria "se exaltado", ainda segundo a reportagem da TV.

A Polícia Civil de Minas Gerais informou que o caso está sendo investigado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher do município e que "outras formações serão repassadas em momento oportuno".

A defesa do professor disse que ele é possui mais de 10 anos de trabalho no mercado, e que sempre trabalhou "de forma ética e respeitosa" com seus clientes: "O mesmo nunca teve qualquer incidente relacionado à sua conduta pessoal e profissional em seu desfavor", diz em nota.

Ademais, é importante esclarecer que dada a natureza sigilosa do presente inquérito policial a defesa não poderá revelar nenhum detalhe a respeito dos fatos, e qualquer conclusão nesse momento será meramente especulativa e temerária.
Luiz Henrique Fraga, advogado

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.