Ingrid Guimarães conta como conheceu o marido e o que não suporta em homem

Em sua participação no "Desculpa Alguma Coisa", videocast de Universa com Tati Bernardi, Ingrid Guimarães contou como conheceu seu marido, Renê Machado. Os dois estão casados desde 2006.

Começo com o marido. "Conheci o Renê fazendo 'Cócegas' [espetáculo de teatro], em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Fui fazer peça lá. O músico da minha peça, com que eu ainda tinha um rolo, disse que tinha um amigo que tinha uma fazenda e ia fazer um almoço pra gente. Esse amigo estava andando de carro com o cara que ia fazer almoço pra gente, o Renê estava atravessando a rua com o cachorro na hora e ele chamou".

Ele sentou do meu lado, começou a contar uma história engraçada, comecei a achar ele divertido. Ele foi ver 'Cócegas' e ficou me azarando, mas eu tinha casinho com o músico. Renê é ariano, quando ele quer um negócio... O músico perguntou, terminei com ele, chegamos ao Rio, Renê foi visitar a família, marcou comigo, me beijou. Ficamos namorando um ano à distância. Ele tinha um cliente de passagem aérea; ele combinou e aonde eu ia com o 'Cócegas', ele ia atrás. Ingrid Guimarães

"Eu já estava naquela idade que começava a sair com homem, perguntava se tinha filhos, ele dizia que não queria e eu não saía de novo. O Renê falou que o sonho era ser pai. Um ano depois, ele mudou pro Rio, conseguiu um trabalho numa agência de publicidade, foi morar comigo e aí... 19 anos", completou.

Se sentir em débito. "Não encho o saco de homem. Minha liberdade é muito importante. Viajar com minhas amigas é um dos meus maiores prazeres. Se ele quiser ir com os amigos dele, ele vai. Odeio me sentir presa. Agora, você aguentar uma mulher workaholic como eu não deve ser fácil, então também fico assim... Me sinto sempre assim em débito com ele, com minha família, meus amigos".

A atriz refletiu sobre o "sonho" de casamento. "Tenho muitas amigas de 50 anos que estão separando e é muito difícil, mas eu me recuso a fazer esse discurso de que lá fora vai ser assim e por isso vai ficar infeliz num casamento. Porque aí a gente sucumbe a algo que é a felicidade . Não dá pra aceitar ser infeliz pelo modelo de família. Esse sonho do casamento, que muitas mulheres da nossa geração têm, talvez tenha outro lugar pra mulher que tá envelhecendo. A gente tem que descobrir novas fórmulas de felicidade e talvez ali a gente encontre uma nova forma de se relacionar".

Como relaxa para transar? "Vou viajar, passar um fim de semana mais tranquilo, sem trabalho, rir junto, sair pra jantar, beber".

O que não suporta em um homem? "Homem machista, preconceituoso e egocêntrico, que só fala dele. Gente sem humor."

"Homem não aguentaria"

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Ingrid Guimarães contou como seu corpo reagiu aos sintomas da menopausa: "Quando eu chegar lá em cima, vai ser a segunda coisa que vou questionar. A primeira é por que os filhos morrem antes dos pais e a segunda por que a menopausa não foi pro homem. Se bem que eles não aguentariam: era guerra, morte, facada. Pra mim, foi aos 48 anos. A gente não se reconhece e isso muda muita coisa".

Eu fiquei muito raivosa. Entrei na menopausa com minha filha entrando na adolescência. Aí teve pandemia, morte do Paulo Gustavo, mudança de Globo pra Amazon. Pega isso e vem pra um ódio, calor. Ingrid Guimarães

Ingrid fez uma comparação entre os sintomas e o personagem Hulk, da Marvel. "Costumo dizer que igual o Hulk quando saía com uma mala, é sem reposição hormonal. Você vira agressiva, impaciente, dorme menos, tem calores, menos paciência pra tudo, menos libido. Fui estudando sobre isso, comecei a fazer reposição hormonal; mas até se entender nesse corpo novo..."

Eu não posso viver sem reposição. Você não se reconhece no seu corpo, personalidade. Me vi outra pessoa. Isso dá urgência. Também tem a ver com o pós-pandemia, porque foi muito perto [a menopausa e a pandemia]. Ingrid Guimarães

"Falei: 'Como quero viver daqui pra frente? Que amigos quero ter? Que coisas quero aguentar? Eu aguentei coisas que não quero mais aguentar. Estresse. Coisas a que me dediquei demais, relações que aceitei em prol de algo... Não tem sucesso que valha a pena muitas coisas."

Salva pelo teatro

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Em sua participação no "Desculpa Alguma Coisa", videocast de Universa com Tati Bernardi, Ingrid Guimarães contou como iniciou sua carreira no teatro.

A atriz falou de sua infância. "Vim de Goiânia, família tradicional, colégio de freira. Minha irmã era a melhor aluna. Eu nunca fui boa aluna, nunca me dei bem com as freiras. Meus pais que tiveram um olhar. Essa é a diferença. Claro que dinheiro faz diferença, mas tem o fato do olhar. Eu tentei tudo e em tudo eu era ruim, mesmo. E daí uma vez meu pai falou de teatro. A dona da escola de ballet me viu brincando de teatro sozinha e perguntou se eu não queria apresentar o ballet da cidade".

E aí eu senti que tinha um lugar pra mim. A vida nada mais é do que a gente encontrar o nosso lugar, mesmo que esse lugar outra pessoa não tenha encontrado ainda. Às vezes o teu é só o teu. Ingrid Guimarães

Ingrid contou sobre sua chegada ao Rio de Janeiro. "Fui pra uma escola meio de patricinha. Veio meus pais, minhas irmãs, todo mundo. Meu pai era jornalista e um dia ele disse que queria que nós tivéssemos escolas mais legais no Rio. E também tinha a minha obsessão por ser atriz, que em Goiânia não tinha. Não vou dizer que foi difícil, porque a gente veio morar no Rio com estrutura de família e dinheiro. Mas existe uma sensação de que você não faz parte daquela cidade grande".

Nenhum comediante é normal, esquece. É tudo torto. Família não conseguiu entender, tem TDAH, um desconcerto. São pessoas que se sentiram fora do padrão de alguma maneira. Eu me senti assim a vida inteira. Ingrid Guimarães

Ela reforçou que se sente salva pelo teatro. "Minha profissão me salvou. Por que se você se sente só e esquisita e não consegue resolver aquilo, você vai pra onde? Uma certa depressão. Vários comediantes já me falaram isso. (...) O teatro ajuda muito. Te ajuda a estabelecer relações, ver o diferente, viver em grupo, saber seus defeitos, se olhar. O teatro é onde eu me encontrei. O cinema me acolheu, mas a minha formação é o palco. Se tudo der errado, eu boto um banquinho e falo minhas coisas".

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"Confissões de Adolescente"

A atriz diz que sua carreira começou de fato com a peça "Confissões de Adolescente".

Ingrid Guimarães: "Tive uma pequena sorte porque fiz uma peça chamada 'Confissões de Adolescente'. Eu entrei nessa peça de graça, porque ia fazer um curso com o Domingos de Oliveira e ela foi um fenômeno. Se essa peça existisse hoje, em época de Instagram, não estaria aqui, estaria morando numa ilha", brincou.

"Fiz muito sucesso quando eu tinha 17 e meu pai dizia: 'Guarda esse dinheiro'. Eu comprei um apartamento muito nova. Ralei, ralei, mas eu tinha uma casa já, era um privilégio. Todas as vezes que eu ralava, ficava sem grana, tinha esse apartamento. Eu vivi de teatro até quase os 30 anos, numa época em que dava muito dinheiro", comentou.

Ingrid contou que é agradecida na rua pelos trabalhos que fez na pandemia. "Ontem uma mulher falou: 'Muito obrigada porque você me acolheu muito na pandemia'. Eu fiquei muito criativa nela. Falei de tudo que estava vivendo, desse medo, dessa solidão. Quando a gente fala daquilo que a gente vive, a gente se acolhe e acolhe outras pessoas. Hoje, fico tentando fazer uns vídeos de coisas que são bem reais. O que faço hoje é tentar achar um material humano com que o outro se identifique e se alivie".

Desafios

A humorista também comentou os desafios de se fazer comédia atualmente. "A internet está muito rápida e muito fragmentada e a gente tem que acompanhar. É muito cansativo pra gente que vem de outra geração. (...) Eu quero falar pra minha idade, [também] quero pegar o publico jovem. Você não sabe mais que publico quer atingir", acrescentou.

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"Ao mesmo tempo, tem o politicamente incorreto que eu acho que por mais que esteja radical, está sendo bom pra gente se reinventar. Mas por exemplo, eu e a Lolo [Heloísa Périssé] estamos tentando remontar 'Cócegas'. Olhei pra ela e falei: 'A gente vai ser presa'. Você tem que fazer um filme que seja inclusivo, tomar cuidado. Qualquer piada, você tem que passar por dez pessoas hoje. Quando eu vi, eu perdi minha espontaneidade", disse.

Constrangimento em prêmio

Ingrid Guimarães lembrou um constrangimento que passou durante o Grande Prêmio de Cinema em 2011, quando estava indicada pelo filme "De Pernas pro Ar" (2010). A atriz perdeu a disputa para Glória Pires.

Ingrid Guimarães: "Fui indicada uma vez, como Melhor Atriz. Concorria com a Glória Pires, Alice Braga, Ana Lúcia Torre, Christiane Torloni. Só eu de comédia. Todo mundo me tratava como a zebra. Era: 'E aí Ingrid, tá dando sorte de estar aqui'. Ouvi cada coisa nesse prêmio. Paulo Gustavo disse que se eu ganhasse era pra falar o nome de cada comediante do Brasil que não ganhou prêmio. [Na hora do resultado] Foram passando os clipes e não sei por que colocaram a parte [do filme] que eu gozava. Foi tão constrangedor. Minha mãe disse que nunca mais ia em prêmio meu".

A atriz relembrou como foi escolhida para o filme. "Se você perguntar as coisas mais importantes da minha vida, uma é virar protagonista de um filme de milhões de espectadores com 38 anos, amamentando um bebê de 3 meses porque não quis perder o filme. A Mariza Leão [produtora] me esperou. Primeiro filho, bico rachado, amamentação que deu meio errado... Um filme meio complexo, uma mulher que goza em um país que naquele momento não se falava muito de orgasmo. Bombou".

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Aquilo foi muito importante pra mim, porque eu sei o esforço que eu fiz pra conseguir uma protagonista. A Glória Pires negou. Cinema é um lugar muito fechado, de turma, tentei furar aquela bolha, furei por um acaso, porque ela negou. A Mariza Leão gostava de mim, os autores escreviam pra mim no teatro, me indicaram. Eu era meio chamada de a zebra. Ingrid Guimarães

Homenagem no Festival de Gramado deste ano. "Confesso que dei uma choradinha porque eu entrei numa luta quando entrei no 'De Pernas pro Ar'. Era meio chamado de filme de mulherzinha. Comédia no cinema é sempre tratada como uma coisa menor. Ir a um festival que só faz premiação de filmes pesados e eu ser homenageada como uma mulher brasileira que faz comédia popular, que é algo de que tenho muito orgulho, é um passo".

Chegada aos 50

Ingrid Guimarães: "Aos 50 eu penso: Como quero envelhecer? A grande questão pra mim é: agora vou gastar meu tempo com que e com quem? De amizades, relações, trabalho. De tudo... É uma questão profunda".

"Aos 50, me acho mais interessante, bem mais. Muito mais bonita. (...) Cuido do meu cabelo, da minha saúde, da minha saúde mental. Malho por saúde, mas malho pra ficar com o corpo bom, porque pra mim é importante. Sou paranoica, quero viver muito. Sou vaidosa, quero me vestir bem, trabalho minha estima", apontou.

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Sinto muita saudade do começo. Minha terapeuta falou pra mim: 'Vamos lembrar da Ingrid que morava sozinha, em um apartamento de 40m², só vivia de teatro, ia andar na praia, ficava pensando coisas, escrevia'. Como vou voltar? Cheguei num lugar tão legal, fico super orgulhosa, mas eu tô exausta. Ingrid Guimarães

"Que saudade de uma época em que eu era uma simples atriz de teatro. Era uma vida pura, onde a gente era muito mais sensível. [Hoje] A gente está sempre atolado", completou.

Ingrid comentou as reflexões que fez com a nova idade. "Eu tô no 'agora ou nunca'. Comecei a sofrer com a virada pro 50 aos 48 anos. Já conquistei muita coisa, tive filho, tenho um casamento de 18 anos. Sua pele já não é mais a mesma, você está cansada, você pensa quantos anos tem de vida jovem, você começa a ver que os papéis que fazia você não pode fazer mais... Você entra em uma crise que está trabalhando muito".

Eu tô aproveitando a vida? Eu colei no meu trabalho como minha persona, será que isso é felicidade? Será que isso é alegria? Quanto tempo fico com minha família? Ingrid Guimarães

Vida mais tranquila?

Ingrid contou sobre sua rotina. "A gente foi educada pra produzir e a gente tem muito orgulho disso, falamos disso. Mas é exaustivo. Tô sempre exausta, procurando algo terapêutico. Tento meditar, não consigo. Acabo um trabalho, tô no chão. Quando eu tenho um problema no trabalho, me envolve muito. Nossa geração é maravilhosa, porque colocamos o pé na porta e fomos. Mas construímos uma vida absolutamente exaustiva".

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"Tenho inveja de pessoas que levam a vida tranquila e degustam", pontuou.

Aborto aos 40

Ingrid Guimarães contou ter sofrido um aborto durante as gravações do filme "Loucas pra Casar", em 2014.

Ingrid Guimarães: "Eu perdi um bebê no meio de um filme. Foi no 'Loucas pra Casar'. Não consegui nem fazer o 2. Eu estava grávida, o diretor sabia, mas ninguém mais. Eu tinha que fazer cenas em que ficava pendurada. Fiquei tentando me poupar. Mas não teve nada a ver com eu ter trabalhado muito [a perda], perdi por má formação. Mas até você se convencer disso, você se culpa o tempo inteiro".

Eu estava no auge, tinha conseguido meu sonho, não queria parar. Trabalhei grávida da Clara até os 8 meses, fazendo novela, foi supertranquilo. Mas eu tinha 36. Uma mulher de 40 é uma mulher de 40. Me arrependo de não ter baixado minha bola na época, não ter negado algumas coisas. Ingrid Guimarães

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"A gente que ralou muito pra chegar onde chegou, não quer perder a chance. Não me arrependo do sucesso que fiz, mas podia ter baixado a bola energeticamente", pontuou.

Ingrid disse já ter superado o assunto. "Queria muito o segundo filho. Mas é uma questão que já resolvi, fiz muita constelação familiar. Minha filha chegou pra mim uma vez e disse: 'Nunca vou ser tia'. É uma coisa resolvida, mas esse equilíbrio de vida pessoal com trabalho é algo que eu não soube fazer bem. Tenho tanto prazer de estar trabalhando que esqueço que é trabalho".

Filha na terapia

Ingrid Guimarães conversou a respeito da criação de sua filha Clara, de 13 anos.

Ingrid Guimarães: "O TikTok é maravilhoso, mas um inferno. A gente tem acesso a tudo muito rápido, mas ela se compara as meninas lindas, padrões, tem uma coisa de querer ter maquiagem. Eu trabalho a estima da minha filha todos os dias na vida dela. Eu tive uma autoestima baixa e isso me atrapalhou muito na vida. Um dia ela disse: 'Mãe, se você não fosse minha mãe, você me acharia linda?'".

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"Eu tento explicar pra ela que a gente não se filmava, não se via tanto. Digo pra ela que a beleza é muito maior do que isso. Aos 13 é mais difícil. Toda característica dela que é muito especial eu falo. Mas você não pode falar só as qualidades, porque elas não têm tanto valor se você não souber que tem defeitos", acrescentou.

Ingrid diz que a filha lhe cobra quanto a suas postagens no Instagram. "Às vezes posto algo e ela vem falar comigo: 'Minhas amigas tão vendo, viu, mãe'. Eu faço muito humor da minha maternidade, mas colocar coisa com ela é um drama. Ela diz: 'Apaga, você me respeita'. Aí eu não posto mais".

"Eu gosto de falar sobre sexualidade feminina, e ela fala que as amigas estão vendo. É esse legado de como você se mostra pra uma filha que tá adolescendo. Já botei logo na terapia", pontuou.

Trajetória no humor

Ingrid Guimarães: "Eu tenho até medo hoje de contar a minha história. Que perrengue a gente teve comparado com o de metade do Brasil? A gente cresceu com pessoas brancas, privilegiadas. Eu sempre soube que eu era privilegiada. Primeiro por nascer numa família que tinha certo dinheiro e depois me apoiava na profissão e que tinha dinheiro pra bancar curso, pra eu me mudar pro Rio quando era mais nova, mas isso não desmerece minha luta".

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"Ela [a luta] foi muito grande. Batalhei muito pra estar aqui. Agora, quando eu começo uma parceria com Lázaro Ramos, por exemplo, e vejo a história de vida dele, eu fico até constrangida com a minha. Fico contando uma história que parece que é triste mas não é, comparando com a dele", pontuou.

Ingrid comentou a respeito do papel da mulher no humor. "Falo muito do papel da mulher no humor, porque o humor sempre foi muito machista e eu peguei essa fase da virada, de mudar isso. A gente era ou a feia ou a gostosa e tivemos que mudar isso. Mesmo hoje, pro tipo de carreira que tenho, sinto que eu não tenho um reconhecimento de certa classe de intelectual que teria se fosse uma atriz dramática", acrescentou, afirmando que hoje não liga mais para isso.

Aí quando eu começo a ver uma mulher comediante preta... Realmente, não tenho nem o que dizer, é um buraco muito mais embaixo. Ingrid Guimarães

"Na série 'Viver do Riso' [em que Ingrid entrevistava personalidades do humor], só entrevistei a Cacau Protásio, não tinha comediante preta famosa e as que eu queria não queriam me dar entrevista. Enfim, por um lado isso é bom porque a gente reitera nosso lugar de privilégio", acrescentou.

Fui vira-lata a vida inteira e também não vou desmerecer minha história por isso. Ingrid Guimarães

A atriz comentou como se sente analisando seus filmes sob essa ótica. "Se você for conversar com uma mulher preta na mesma posição que você, você fica: 'Caramba'. A gente sempre soube disso, mas não entrava em contato. É muito bom entrar em contato e reiterar que a gente tem uma reparação a fazer. Quando eu penso a quantidade de poucos negros e negras nos meus filmes até agora, uma coisa que eu não pensava, tenho vergonha. Mesmo. Como deixei passar?".

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Ingrid falou sobre a criação da filha, Clara. "A gente se sente sempre fora da festa, não adianta, isso carrega com a gente. Hoje penso que minha filha passa pouco perrengue, como vai ser a criatividade dela? Ela já é bilíngue, filha de famoso. Eu penso quantos perrengues ela vai deixar de passar e quantos perrengues me inspiraram pra fazer humor e me fizeram chegar aqui onde cheguei. São coisas que vão te dando força pra provar algo nem que seja pra você mesmo".

9 Perguntas e Meia de Amor

Veja a entrevista na íntegra

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