Sexo sem bagunça: é seguro usar coletor menstrual durante a relação?
A MC Taya viralizou no X (antigo Twitter) ao dar uma uma dica para mulheres que querem fazer sexo quando estão naqueles dias: usar um coletor menstrual. Segundo a cantora, essa é uma ótima opção para minimizar a bagunça que o sexo com sangue pode gerar.
"Já usei várias vezes e super funciona. O cara nem percebe", disse no fio que criou na rede social. Mas será que é seguro?
dica: pras moninha que quer dar menstruada sem estresse sem bagunça pic.twitter.com/D1oYCIWENv
-- MC TAYA - EP BETTY (@mctayaa) August 15, 2023
Letícia Piccolo, ginecologista, especialista em fertilidade e reprodução humana, diz que embora não existam contraindicações oficiais, ela não recomenda o uso do copo coletor na hora do sexo por causa do espaço que ele ocupa no canal vaginal. Mas não vê problema se a opção for o disco.
"O disco é uma proteção, como um silicone, que impede que o sangue desça. Na teoria, ele não ocupa espaço nenhum, então pode ser usado durante a prática sexual", explica.
Para Andrea Prestes Nácul, membro da Comissão de Ginecologia Endócrina da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), o problema seria utilizar modelos de coletores que tem um cabos rígidos na ponta, como o copinho.
"Essa ponta pode encostar no pênis, ferindo o órgão, ou se deslocar machucando a parede vaginal. E ainda há o risco de que ela rompa o preservativo", explica a especialista.
A ginecologista natural, Debora Rosa, dá uma dica para quem quiser experimentar sexo com o disco. "É bom dar uma esvaziada nele antes da relação", explica.
Não é método contraceptivo
Apesar de o disco ser acoplado ao colo do útero, assim como funciona com o diafragma, é preciso reforçar que ele não é um método contraceptivo. Ele funciona apenas como um coletor de sangue, não previne contra ISTs e nem gravidez.
E, sim, há um risco de ter relações durante o período menstrual e engravidar. "Tem paciente que ovula logo após o final do ciclo, e como o espermatozoide pode sobreviver por até 72 horas dentro da vagina, existe a possibilidade", explica Nácul, da Febrasgo.
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