Cunilíngua: o que é a brincadeira erótica que aparece em sucesso da Netflix
A minissérie espanhola "Um Conto de Fadas Perfeito" estreou em julho na Netflix e, desde então, está no Top 10 de audiência do streaming.
O enredo segue o clássico de mote dos amigos que decidem se ajudar nos assuntos do coração e acabam se apaixonando, mas é a química entre o casal principal que acaba chamando a atenção. Dentre cenas de sexo de tirar o fôlego e paisagens estonteantes da Grécia, em dado momento a personagem Margot (Anna Castillo) comenta o quanto gostou do cunilíngua que David (Álvaro Mel) lhe fez na piscina.
A palavra despertou curiosidade do público: afinal de contas, o que é um cunilíngua?
O termo não deve ser compreendido de maneira literal: embora se trate, sim, de usar a língua na hora do sexo, não tem nada a ver com a região anal nem consiste no famoso beijo grego.
Cunilíngua nada mais é do que o sexo oral feito em pessoas com vulva —em pessoas com pênis, a palavra mais, digamos, científica seria felação.
Origem da palavra cunilíngua
Cunilíngua tem origem latina, mas também deriva de palavras mais chulas para descrever a vulva em outros idiomas - "cunt" em inglês e "coño" em espanhol.
As especialistas ouvidas para essa reportagem foram unânimes em dizer que cunilínga pode ter uma leitura mais ampla do que o conhecido sexo oral.
Ela envolveria toda a vulva —pequenos e grandes lábios, entrada da vagina, períneo e o clitóris em toda a sua extensão— ou seja, as laterais e não só a "cabecinha".
Cuidados na hora do prazer
Em "Um Conto de Fadas Perfeito" David faz cunilíngua em Margot na piscina, o que requer alguns cuidados específicos para quem quiser praticar na vida real.
O primeiro é usar um lubrificante à base de siliconte antes de mergulhar, uma vez que a água da piscina diminui a lubrificação feminina e a fricção com a língua, a boca ou o queixo pode machucar a vulva.
A segunda dica é válida também para o cunilíngua "não aquático" —que David e Margot também praticam bastante— e deve ser seguida por qualquer pessoa que estiver no comando da ação: sempre deixar o clitóris para o "grand finale".
Cair literalmente de boca nele logo de cara pode machucar, já que trata-se de um ponto sensível e requer estímulo para ficar no ponto certo para as carícias.
O ideal é começar pelos pequenos lábios, passar pelos grandes (o corpo do clitóris fica por baixo deles) e só então acariciar os ladinhos do clitóris.
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Fontes: Bárbara Bastos, sexóloga clínica e educacional, pós-graduanda em Sexualidade Humana pelo Child Behavior Institute of Miami e fundadora da Désier Atelier; Carla Cecarello, psicóloga e sexóloga do canal do YouTube "Sexualidade e Você"; e Dani Fontinele, terapeuta sexual, sexóloga clínica e apresentadora do Podcast Clitcast
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