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Mulher grávida é morta a tiros em casa em SP; marido é suspeito do crime

Apesar de publicar fotos nas redes sociais vestida como policial, Tamires não constava nos quadros da corporação, informou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo Imagem: Reprodução de redes sociais

De Universa, em São Paulo

26/09/2023 22h57Atualizada em 27/09/2023 08h46

Uma mulher que se identificava como policial militar, de 29 anos, foi morta a tiros na última segunda-feira (25), enquanto estava dentro de casa, no bairro Chácara Campo Verde, em Campo Limpo Paulista (SP), a 60 km de São Paulo. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, em nota enviada ao UOL nesta quarta-feira (27), afirma que a vítima não era PM.

O que aconteceu:

Tamires Alessandra Vianna Ribeiro teria sido morta na frente do filho de seis anos. Ela estava grávida.

O principal suspeito do crime é o ex-marido da vítima. O casal, que estava junto havia 11 anos, teria discutido pouco antes de ele disparar contra a esposa. Em entrevista ao programa Cidade Alerta, da TV Record, o cunhado de Tamires contou que o filho do casal teria presenciado o crime.

A família de Tamires também afirmou que o suspeito teria enviado mensagens para a irmã da vítima após matar a jovem. O marido não aceitaria o fato de Tamires querer a separação e a acusava de traí-lo com outro homem.

Ele teria tentado justificar o crime, dizendo que foi algo de "momento" e que a esposa teria tentado prejudicá-lo com amigos da polícia. "Você conhece a sua irmã, ela ameaçou de vir com polícia, fiquei com medo, bebi, fiquei fora de si, estou em choque", disse o suspeito em um áudio. A suspeita é que o homem seja um atirador esportivo.

A irmã da vítima também contou à TV Globo que a vítima e o marido estariam se desentendendo bastante.

A mulher foi encontrada pela polícia ainda com vida, no portão da casa. Ela chegou a ser encaminhada ao hospital de Campo Limpo Paulista, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Após cometer o crime, o suspeito teria deixado o filho na casa de um irmão e fugido. Ele também levou o equipamento com as gravações armazenadas. A casa era monitorada por câmeras de segurança.

Ao UOL, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou que encontrou respingos de sangue na casa do suspeito e que armas de fogo e munições foram apreendidas no local.

O órgão disse que ele não foi localizado até a manhã desta quarta-feira (27) e que o caso é investigado como feminicídio.

A SSP-SP afirmou que, apesar de Tamires ter se candidatado para o cargo de policial militar duas vezes, ela não concluiu o processo seletivo e não faz parte dos quadros da corporação.

Uma investigação foi aberta para analisar as fotos fardadas que a mulher publicava nas redes sociais.

A Polícia Militar do Estado de São Paulo lamenta e se solidariza com familiares da jovem, de 29 anos, vítima de feminicídio, ocorrido nesta segunda-feira (25), na cidade de Campo Limpo Paulista. A Instituição esclarece que a mulher não faz parte dos quadros da Instituição e embora tenha se candidatado por duas vezes no ano de 2021, ela não concluiu os processos seletivos. Em relação às imagens da vítima fardada, foi instaurada investigação para apurar os fatos.
Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, em nota

Tamires era estudante de medicina veterinária. Em nota, o Centro Universitário Campo Limpo Paulista lamentou a morte da aluna.

Ela também era colaboradora da Associação Salva Pet. Também em nota, a instituição afirmou que Tamires era uma "protetora" dos animais. "Hoje a Salva Pet perde não somente uma boa colaboradora, mas também uma protetora que em meio aos plantões doava não somente seu teu tempo, mas também seu amor para os nossos pequenos anjos de quatro patas, agradecemos muito o que fizeste junto de nós em prol da vida dos pacientes que por aqui passaram", diz nota.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Ao contrário do informado no título da reportagem e na home do UOL, a vítima do feminicídio em questão não era policial militar. Apesar das imagens divulgadas nas redes sociais mostrarem a vítima fardada, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que "a mulher não faz parte dos quadros da Instituição e embora tenha se candidatado por duas vezes no ano de 2021, ela não concluiu os processos seletivos".

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