Amizade colorida: 10 regras básicas pra desfrutar dos benefícios sem 'BOs'
Sexo casual é perfeito para quem busca prazer, sem todas as implicações que envolvem um relacionamento sério. Só que às vezes, entre uma noite quente aqui e ali, surgem parceiros que merecem um, ou melhor, muitos repetecos, mesmo quando a vontade de se manter sozinha prevaleça. Nessas horas, a amizade colorida é o meio-termo mais indicado entre os dois opostos do jogo sexual.
Uma grande vantagem para a mulher é a liberdade que ela terá, sem estar vinculada a um relacionamento que, muitas vezes, exige dedicação e tempo.
Com a convivência entre dois amigos "coloridos", surge intimidade e confiança, dois pontos positivos extras para o sexo constante. Mas, para funcionar bem, uma amizade colorida precisa ser muito transparente e ter algumas "regrinhas".
Alinhe expectativas
É sempre bom rolar uma conversa sincera já na primeira fase, para que ninguém se confunda. O papo precisa expor, principalmente, o que se espera do relacionamento alternativo. Quanto mais claro, maior a chance de fluir da forma esperada.
Nada de joguinhos ou cobranças
A amizade colorida é para ser prazerosa, agradável. Caso surjam conflitos e cobranças - de atenção, de comportamento ou de qualquer outra coisa - é sinal de que já não está funcionando.
Precisa estabelecer 'frequência'?
Como a proposta é ter uma relação livre de qualquer tipo de amarras, colocar os encontros na agenda pode ser um incômodo. Mas, se o "deixa acontecer naturalmente" não estiver funcionando, tudo bem alinhar os calendários, afinal, por que não?
Não romantize nem crie expectativas
Não se esqueça de que a amizade colorida é para acontecer com alguém em quem se confia, mas criar sentimentos pode afetar a relação. Se é só sexo por prazer, vale manter isso em mente. Ah, e isso não quer dizer que uma dose de afeto precisa ficar de fora!
Fuja de situações típicas de namoro
Mesmo que a amizade dos dois seja muito leve, evite o excesso de romantismo típico de namoros e situações embaraçosas, como frequentar reuniões familiares.
Contar para os outros para quê?
Ao não comentar com os demais amigos o que está rolando, evita-se o surgimento de pitacos e questionamentos desnecessários. Quanto menos gente souber, melhor.
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Manter-se aberta para conhecer outras pessoas é um passo necessário para que a amizade colorida não seja afetada pela mistura de sentimentos. Ah, também não vale se chatear se o crush agir da mesma forma.
Sem saber do outro
Aliás, não vale a pena investigar ou perguntar se o par tem outras amizades coloridas, a menos que isso seja um combinado claro para ambos. Pode ser só curiosidade mesmo, mas existe o risco da pergunta ser interpretada como cobrança ou interesse em mudar o tipo de relação.
Liberdade para 'sim' e 'não'
Existir uma amizade colorida não significa obrigação para aceitar todo convite para encontros. Tanto um como outro podem muito bem negar a saída num dia em que não se está disposto ou tem algum outro compromisso. Do outro lado, é importante encarar como "tudo bem".
Amizade pede cuidados: apesar do caráter descompromissado da relação, existe um elo amistoso por trás. Por isso, é bem importante entender os limites e separar os dois tipos de relacionamento para que haja respeito entre ambos.
Sinceridade acima de tudo: e se o sentimento começar a mudar, é preciso comunicar ao outro.
O risco da paixão
Não se pode negar que a amizade colorida ofereça riscos de virar uma cilada. Não caia no problema de se autoenganar se começar a sentir algo pelo amigo, empurrando para baixo do tapete.
Muita gente embarca na amizade colorida como forma de manter o contato — e o sexo. Mas, a gente não manda no coração. O importante é manter o diálogo aberto e colocar na balança o valor dessa amizade, para que ela não se perca caso os sentimentos mudem no decorrer dessa pegação.
O lema é: amizade colorida não deve ser um sofrimento, para nenhuma das partes.
Fontes: Vanessa de Oliveira, sexóloga; Naiara O. Mariotto, psicóloga clínica; Vivian Wolff, coach de vida especializada em mindfulness; Nelly Kim Kobayashi, sexóloga
*Com reportagem publicada em 23/7/2019
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