Ana Hikari fala de dificuldade para flertar com mulheres: 'Viro um sapo'

Convidada do "Desculpa Alguma Coisa", videocast de Universa com Tati Bernardi, Ana Hikari fala sobre sua dificuldade em flertar com mulheres.

Ana Hikari: "Eu acho que sou mais travada com mulher porque todo mundo cresceu num mundo super heteronormativo. A princesa casa com o príncipe. Dicas nas revistas e tudo. E o flerte com a pessoa do mesmo gênero? Como a princesa conquista a princesa? Quando chego, viro um sapo. Fico tímida, esqueço meu nome, não sei a hora que é pra beijar. Já fiquei, tive relacionamentos, mas namoro com mulher não tive."

A atriz também conta como foi a primeira vez em que falou sobre sua bissexualidade com a família. "Eu fiz uma live com uma influenciadora que fala muito de questões LGBT+ e minha mãe estava na live. Eu nunca sentei com ela e meu pai e falei que era bissexual. Nunca senti necessidade. De repente, aparecia com uma menina, um menino e tudo certo. O que rolou nessa live foi isso, eu sentei e expliquei que isso nunca aconteceu."

Ana Hikari sobre relação aberta com namorado: 'Me sinto muito mais livre'

Ana Hikari conta como é seu relacionamento aberto com o namorado, o chef uruguaio Facundo Connio, e diz que foi ela quem sugeriu a relação não-monogâmica. "Tem combinados. Se a gente está junto na mesma cidade e país, estamos juntos. Mas é isso, eu não tenho tempo de sentir ciúmes. Que horas vou parar e pensar que ele está beijando outra boca? E funciona. Mas existe uma coisa no relacionamento aberto, que é diálogo. Se vem ciúme, a gente conversa sobre. E eu me sinto muito mais livre pra falar das inseguranças. Quando tem diálogo maior, as coisas fluem mais."

Ana Hikari conta que foi síndica de prédio: 'Subia no telhado pra ver caixa d'água'

A atriz conta para Tati Bernardi sobre sua experiência como síndica de condomínio. "Sempre fui maluca pra morar sozinha, fui pro Rio e aí morei sozinha aqui em São Paulo num período em que fui síndica. Subia no telhado do prédio pra ter que revisar a caixa d'água. [...] Eu e mais três amigos queríamos revolucionar o prédio. Esse prédio só tem parentes da minha madrasta e as tretas do condomínio eram tretas de família. Era uma loucura. A gente tinha que lidar com o fulano que era primo da fulana enquanto subia no telhado pra ver as baratas da caixa d'água, trocava lâmpada, comprava tapete novo."

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Ana Hikari conta de 'desaparecimento' da mãe após date: 'Fiquei desesperada'

Ana também fala sobre uma noite que passou em claro, preocupada com a mãe. "Ela me avisou na segunda, 14h, que ia pra um date. Só me avisou que ia e passou o endereço. Eu pedi pra ela ir me avisando, eu estava gravando 'As Five', 12 horas por dia. Deu 9h da noite e sem sinal da minha mãe. Comecei a ficar preocupada. Não ficava online no Whatsapp, eu ligava, não atendia. Eu comecei a ligar na portaria do prédio. Deu meia-noite, 1 da manhã, 2, 3 e eu gravava no dia seguinte às 7. Eu cochilei das 4 às 5. Ela não mandou nenhuma mensagem, sumiu. Mandei mensagem pro meu pai: 'estou indo gravar, esse foi o endereço que minha mãe passou ontem e ela desapareceu, tô desesperada'. Ela me liga 6 e 30 da manhã: 'Bom dia, filha'. Felicíssima. Uma voz que eu não consegui nem dar bronca. Ela estava reluzente. E eu soluçando."

Ana Hikari diz que já recusou papel por racismo: 'Hipersexualização asiática'

Ana Hikari revela que recusou papel em filme internacional por racismo. "Me ofereceram muitos papéis estereotipados e já recusei. Teve um que hoje fico pensando se era uma chance. Era um filme internacional, queriam convidar uma atriz brasileira. Mas era uma personagem que era assim: um homem da máfia sai atendendo o telefone e meu papel era ficar deitada nua na cama. Pensei: 'Estão me convidando pra isso? Reforçar o papel de estereótipo sexual? Sem ter a chance de mostrar meu talento'. Uma mulher brasileira, a hipersexualização asiática."

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Ana Hikari sobre ex-namorado fetichista: 'Disse que pareço a menina do pornô que ele assistia'

A atriz abre sua intimidade para Tati Bernardi e conta sobre mensagens fetichistas que recebe nas redes e o que já ouviu até de ex-namorados. "Eu recebo muita mensagem de homem me hipersexualizando nesse lugar da raça. 'Ai, sou louco pra comer uma japinha'. Se eu fosse fazer B.O. de tudo, ia passar o dia na delegacia. [...] Já me falaram: 'Tenho vontade de transar com você pra saber se era igual no pornô'. Já namorei caras que falaram: 'Você é muito parecida com a menina do pornô'. Era nojento e eu demorei pra entender que isso era uma hipersexualização por ser mulher e asiática."

Ana Hikari responde a nove perguntas e meia de amor

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