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'Caso raro': mulher com dois úteros engravida de um bebê em cada

Uma mulher do Alabama, nos Estados Unidos, nasceu com dois úteros e engravidou de um bebê em cada, num raro caso de duas gestações tecnicamente separadas.

O que se sabe:

A norte-americana Kelsey Hatcher nasceu com dois úteros, cada um com seu próprio colo — uma condição conhecida como didelfo uterino, que acomete três a cada 1.000 mulheres no mundo.

Recentemente, Hatcher descobriu que está esperando duas meninas, uma em cada útero, uma situação ainda mais rara, cuja possibilidade é de uma em um milhão de casos. As crianças devem nascer no dia de Natal, informou a WVTM de Birmingham, afiliada da NBC News.

Quando a primeira consulta de ultrassom revelou a condição de Hatcher, seu marido, Caleb, quase não acreditou nela, disse ela à WVTM.

"Ele disse: 'Você está mentindo'. Eu disse: 'Não, não estou'", contou a mulher, que já tem três filhos, de 2, 4 e 7 anos.

O caso está sendo atendido pelo médico Richard Davis, especialista em obstetrícia e ginecologia do Hospital da Universidade do Alabama. Davis está acompanhando Hatcher durante sua gravidez e realizou a maioria de seus ultrassons.

Já fiz o parto de várias mulheres com útero duplo e, na maioria das vezes, elas se saíram bem, mas nunca fiz o parto de uma com gêmeos em cada trompa.
Richard Davis, ginecologista e obstetra

Segundo o médico, as meninas estão crescendo de forma saudável e, como provêm de óvulos separados, não serão idênticas. Por isso, Davis sugeriu que o termo "gêmeos fraternos" pode ser uma forma mais precisa de descrevê-las.

Alto risco

Além de classificada pelo médico como um "caso raro", a gravidez de Hatcher é considerada como de alto risco porque exigirá mais profissionais e planos de contingência.

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Isso inclui a chance, considerada alta, de cada útero iniciar contrações em momentos diferentes, o que significa que as irmãs podem nascer com horas ou dias de diferença.

Hatcher planeja um parto natural para diminuir o tempo de recuperação, mas pode haver complicações independentemente do método que ela escolher, disse Davis.

"A cesariana é um pouco mais arriscada do que o normal porque é preciso fazer uma incisão em cada útero", disse Davis. "São duas incisões e mais perda de sangue".

Para um parto vaginal, a preocupação seria garantir que os bebês parecessem seguros durante o trabalho de parto e tivessem batimentos cardíacos fetais normais, disse ele.

Por enquanto, Hatcher precisará fazer um ultrassom toda semana para monitorar as condições de seus bebês.

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