PM do Rio suspeito de feminicídio é preso no ES com armas e R$ 160 mil
Mariana Zancanelli
Do UOL, em São Paulo
16/11/2023 19h12Atualizada em 17/11/2023 16h43
Um policial militar do Rio de Janeiro foi preso com armas e R$ 160 mil em Itapemirim, no Espírito Santo. Ele é suspeito do assassinato da companheira e de tentar atear fogo em um carro onde estava o corpo.
O que aconteceu?
Mary Cristina dos Reis foi morta na terça-feira (14), segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, que não informou as circunstâncias da morte. O corpo foi encontrado no dia seguinte, em um carro que chegou a sofrer uma tentativa de incêndio.
Suspeito do crime, o policial militar era companheiro da vítima, de acordo com a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), responsável pela investigação.
Os policiais civis do Rio descobriram que o PM estava em outro carro, seguindo em direção ao Espírito Santo. A Polícia Rodoviária Federal foi acionada para ajudar na localização dele.
Avisada pela PRF, a Polícia Militar capixaba encontrou o veículo do suspeito estacionado em frente a uma distribuidora no bairro Gomes, em Itapemirim. Foi solicitado apoio de outras equipes, que fizeram um cerco no local. O suspeito se apresentou espontaneamente, junto de sua mãe, e confessou o crime, segundo a PMES.
O homem foi encaminhado ao sistema prisional. Com ele, foram apreendidos uma pistola de calibre .40, dois revólveres de calibre 38, diversas munições, dois carregadores de pistola e uma quantia em dinheiro de mais de R$ 159 mil.
O suspeito foi autuado em flagrante por feminicídio e porte ilegal de arma de fogo, segundo a Polícia Civil do Espírito Santo.
Ao UOL, a Corregedoria Geral da Polícia Militar informou que o PM está preso e que um Processo Administrativo Militar será aberto. Como o nome do suspeito não foi divulgado, não foi possível localizar a defesa. O espaço segue aberto para manifestação.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie. Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.