Prefeito goiano suspeito de atirar 15 vezes contra ex tem prisão decretada
De Universa, em São Paulo
19/11/2023 14h36
O prefeito de Iporá (GO) teve a prisão decretada pela Justiça e é considerado foragido. Ele é suspeito de invadir a casa da ex-mulher e atirar 15 vezes contra a porta do quarto dela.
O que aconteceu?
O prefeito Naçoitan Araújo Leite (sem partido) destruiu o portão da casa da ex-companheira com uma caminhonete na madrugada de sábado (18).
A ex-mulher de Leite estava na casa com o namorado dela no momento da invasão. O casal se trancou no quarto após ouvir o barulho do choque do veículo contra o portão.
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O prefeito teria tentado invadir o quarto, mas não conseguiu. Disparou 15 tiros e fugiu.
Leite é procurado pela Polícia Civil por tentativa de feminicídio contra a ex-mulher e por tentativa de homicídio contra o namorado dela.
Delegado responsável pelo caso, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) de Iporá, representou pela prisão preventiva do prefeito, e o Poder Judiciário decretou e expediu o mandado neste domingo.
A Prefeitura de Iporá disse que não se pronunciaria sobre o caso. A reportagem tenta contato com a defesa de Naçoitan Araújo Leite. O espaço segue aberto para manifestação.
Outras polêmicas do prefeito
Não é a primeira vez que o prefeito se envolve em polêmicas. De acordo com o jornal O Popular, Leite foi filmado em uma discussão de trânsito em setembro passado. Um homem diz que o prefeito o perseguiu e ameaçou na ocasião.
Em novembro do ano passado, o prefeito foi suspenso do partido União Brasil, após pedir a "eliminação" do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, e do ministro Alexandre de Moraes, que na época era presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Após a repercussão negativa, Leite disse que a "eliminação" seria política, não literal.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie. Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.