Esperma é bom pra pele? Gosto muda dependendo da pessoa? 8 mitos e verdades

Acumular pode causar câncer? É possível gozar sem ejacular? Passar sêmen no rosto deixa a pele mais bonita?

Confira abaixo o que é verdade e o que é mito.

8. Acumular esperma não é bom - MITO

Embora ainda não existam evidências científicas de que o acúmulo de esperma pode causar problemas na próstata, certos estudos sugerem que ele seja, de alguma forma, carcinogênico. Algumas pesquisas mostram que homens com vida sexual mais ativa - ou seja, que ejaculam mais - diminuem a chance de ter câncer de próstata, mas isso não está completamente confirmado. Então, teoricamente, acumular pode ser ruim por esse motivo. Porém, normalmente, o próprio organismo reabsorve o excesso.

7. Gozar e ejacular são coisas completamente diferentes - VERDADE

O orgasmo masculino é uma sensação totalmente cerebral. Normalmente acontece junto com a ejaculação, mas isso não é regra. Na verdade, o prazer é independente do ato do homem ejacular ou não.

6. A 'babinha' pode provocar gravidez - VERDADE

Seu nome científico é líquido pré-ejaculatório, um fluido cheio de substâncias que preparam o caminho para a passagem do espermatozoide. Trata-se de uma secreção produzida pelas glândulas periuretrais (em volta da uretra) em resposta ao estímulo e à excitação sexual.

A finalidade é lubrificar o pênis e a vagina, facilitando a penetração. Esse líquido pode conter espermatozoides móveis e, por isso, a prática do chamado coito interrompido é perigosa quando a gravidez não é desejada. Isso é mais comum em uma segunda relação sexual na mesma ocasião - na primeira transa, nem sempre o líquido conta com espermatozoides, já que alguns "morrem" devido à acidez da uretra.

5. Poluções noturnas podem acontecer durante a vida toda - VERDADE

A liberação do sêmen durante a noite começa usualmente no início da puberdade, por conta do aumento da produção de testosterona pelos testículos e da consequente atividade da próstata, das vesículas seminais e dos próprios testículos, que ficam maiores e mais tensos.

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Mais associadas à fase da adolescência, as poluções podem durar até a vida adulta, enquanto os homens tiverem bons níveis de testosterona. Quando o jovem começa a se masturbar ou a fazer sexo, as poluções se tornam mais raras. No adulto, entretanto, quando a frequência sexual é modificada de maneira abrupta podem voltar a acontecer episódios.

4. O volume diminui com o passar dos anos - VERDADE

A melhor fase de fecundação para o homem é entre 18 e 35 anos. A partir daí, o sêmen do homem começa a perder qualidade e, apenas teoricamente, não deveria engravidar. Claro que existem casos de pacientes com filhos mais tardiamente, mas isso geralmente envolve alguma dificuldade. A janela de tempo ideal é mais jovem.

3. Usos 'curiosos' para o sêmen? MITO

Volta e meia surgem notícias - ou melhor, boatos - de que o esperma pode ter uso cosmético, fazendo bem para pele, ou em pastas de dentes e cremes de beleza. Ingrediente de drinques e pratos, substituto para cola e até recurso para diminuir os enjoos matinais das grávidas são outras utilizações que já foram especuladas, mas, segundo os especialistas, é tudo lenda.

Considerando que se trata de um líquido biológico e rico em vários micronutrientes, não é de se estranhar o fato de que muitos usos curiosos derivados do sêmen já foram relatados. Não há, todavia, base científica e segurança comprovada para o emprego rotineiro. Até porque o esperma pode conter germes e veicular doenças.

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2. O esperma pode transmitir doenças - VERDADE

O sêmen pode abrigar mais de 20 diferentes tipos de vírus. Se o homem tem uma prostatite (doença inflamatória da próstata), ao ejacular diretamente na vagina há o risco de transmitir bactérias que podem provocar uma infecção grave na mulher. Doenças sexualmente transmissíveis como HIV e herpes também podem ser veiculadas através do contato com o esperma, por isso o uso de preservativo é imprescindível.

1. Cheiro e gosto diferem de homem para homem - VERDADE

O aroma e o sabor do esperma mudam de acordo com o que cada sujeito come. Comidas muito temperadas, por exemplo, deixam o gosto amargo. O sêmen de fumantes e alcóolicos também pode ser mais amargo que o de vegetarianos, não fumantes e abstêmios. A quantidade de frutas e açúcares ingeridos também altera o sabor.

O cheiro varia conforme a pessoa, mas alterações muito drásticas e marcantes podem ser sinal de infecções.

Fontes: Alex Meller, urologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo); Valter Javaroi, urologista da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia).

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*Com matéria publicada em 25/05/2018

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