Suplente de vereador suspeito de estupros em série em GO é expulso do PSD
O PSD expulsou o suplente de vereador Danilo Carlos Faria, preso por suspeita de uma série de estupros cometidos em 2020, em Goiânia.
O que aconteceu
A diretoria estadual do PSD em Goiás disse que Faria violou diretrizes partidárias. Em nota enviada ao UOL, o partido disse que o suplente tentou se eleger em 2020 e, após ter sido derrotado, não manteve mais ligação com a legenda.
Suplente de vereador é acusado de estuprar pelo menos quatro mulheres. Segundo a Polícia Civil de Goiás, Faria atraia garotas de programa sob o pretexto de contratá-las.
Investigações apontam que o suspeito atacava as mulheres quando entravam no carro dele. O homem levava as vítimas a um lote baldio, onde abusava sexualmente delas. Ele também as ameaçava e afirmava que estava armado, de acordo com a Polícia Civil.
Depois dos crimes, Faria roubava as mulheres e as abandonava no terreno baldio. A polícia ficou sabendo dos crimes somente neste ano, quando o suplente voltou a frequentar o espaço de trabalho das vítimas, buscando novos programas.
O UOL tenta localizar o suplente de vereador. O espaço segue aberto para manifestação.
Como denunciar violência sexual
Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos.
O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas por se tratar de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.
Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados.
O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.
Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento.
Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.
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