Sara Mariano: MP denuncia 4 e diz que marido fez promessas a acusados
O MPBA (Ministério Público da Bahia) denunciou o marido de Sara Mariano e outros três homens pela morte da cantora gospel.O companheiro da vítima teria feito promessas aos demais envolvidos.
O que aconteceu
Ederlan Mariano teria prometido "sucesso e fama artística" aos envolvidos no crime. Como os denunciados atuavam como pregadores, produtores, cantores e músicos com intensa atuação nas redes sociais, o marido da cantora — que gerenciava a carreira dela — prometeu disponibilizar as ferramentar digitais de seu estúdio para promover as carreiras dos executores do assassinato, aponta a denúncia do MP.
O marido foi apontado como mandante do crime e responsável por controlar ação dos executores. Ederlan também teria prometido que os homens se "apoderariam da imagem pública de Sara Mariano, fazendo uso de toda a estrutura já montada em torno dela". A suspeita inicial de que o crime foi motivado por ciúmes foi descartada. Além de Ederlan, os denunciados foram: Weslen Pablo Correia, conhecido como bispo Zadoque; Gideão Duarte e Victor Gabriel Oliveira.
Marido deu R$ 2 mil para o trio e prometeu mais R$ 15 mil. O restante do valor seria repassado quando o dinheiro guardado pela cantora fosse achado.
Os quatro foram acusados de feminicídio. No entendimento do órgão, o crime foi cometido por motivo torpe, meio cruel e sem possibilidade de defesa da vítima. O quarteto também responderá por ocultação de cadáver e associação criminosa.
A denúncia do MP foi encaminhada ontem para a Justiça, que analisará se tornará o quarteto réu ou não. O tribunal também acatou o pedido de prisão preventiva (por tempo indeterminado) dos homens, que estavam presos de forma temporária até então.
Vítima foi levada por um dos acusados até o local do crime. Sara pensava que se apresentaria em um evento evangélico, mas foi levada pelo seu motorista, Gideão, até uma rodovia. No local, Victor e Zadoque esperavam a vítima, que foi morta e teve o corpo jogado nas margens da rodovia. Já Ederlan registrou o desaparecimento da esposa para "dissimular sua participação no crime", apontou o MP. Os advogados dos acusados não foram encontrados para pedido de posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.
Relembre o caso
Sara desapareceu em outubro após ir para um evento em uma igreja evangélica. Na época, ela tinha mais de 60 mil seguidores em suas redes sociais, onde compartilhava participações em cultos, vídeos cantando e fotos pessoais.
Na mesma semana, o marido da cantora disse que reconheceu um corpo carbonizado em uma estrada como sendo da companheira. O momento foi registrado em transmissão ao vivo em rede social.
Em seguida, a Polícia Civil prendeu Ederlan e disse que ele confessou ter matado a esposa. Dias depois, a defesa do marido negou a confissão do cliente.
Em novembro, a Polícia Civil prendeu um motorista e um líder religioso suspeitos de terem participado da logística e na execução do crime, inclusive incendiar o corpo da vítima e tentar omitir provas, disse o delegado Euvaldo Costa.
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Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
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