Professor da Unesp suspeito de assédio sexual contra alunas é demitido
A Unesp demitiu um professor suspeito de assédio sexual contra alunas. Na época em que as denúncias vieram à tona, ele negou as acusações.
O que aconteceu
A demissão Marcelo Magalhães Bulhões foi publicada hoje no Diário Oficial de São Paulo. O texto cita inciso de lei estadual que diz que servidores devem "proceder na vida pública e privada na forma que dignifique a função pública".
A defesa do professor disse que não iria se manifestar. Procurado pelo UOL, o advogado Hélio Navarro afirmou que não teve acesso à íntegra da decisão, mas tem "plena convicção" da inocência de Bulhões.
Professor abordava nas redes sociais, dizem alunas
Os contatos também eram feitos por e-mails e aplicativos de mensagens. Segundo o relato das estudantes, Bulhões dizia que estava interessado em ter relações sexuais com elas. "A verdade é que o nosso desejo não passa", teria dito ele em uma das mensagens enviadas.
O conteúdo de algumas das conversas foi exibido pelas alunas da Unesp em junho de 2022. A divulgação foi feita durante uma manifestação. No mesmo dia do protesto, Bulhões negou as acusações e afirmou que estava sendo vítima de calúnia por parte das estudantes.
Sindicância de 2017 investigou o professor pelo mesmo motivo. Na época, o processo contra ele foi arquivado, mas o professor foi afastado do curso de Jornalismo e realocado para lecionar na graduação de Relações Públicas.
Como denunciar violência
Caso a vítima tenha sofrido violência sem ferimentos graves ela pode recorrer imediatamente à Delegacia da Mulher, se existir essa unidade em seu município, ou a delegacia de Polícia Civil, para registrar o boletim de ocorrência.
Quando houver ferimentos graves, com necessidade de pronto atendimento, a unidade de saúde ou hospital deverá fazer o encaminhamento ou orientar a paciente para procurar a delegacia de polícia. Na maioria dos casos com internamento, o próprio hospital confirma a violência e avisa a Polícia Civil.
Deve ser acionado em caso de flagrante ou em que a situação de violência esteja ocorrendo naquele momento.
Pode ser usado para denunciar anonimamente a violência. As informações serão conferidas pela polícia.
A Central de Atendimento à Mulher funciona 24 horas. A ligação é gratuita, anônima e disponível em todo o país.
Ministério Público
Acesse o site do Ministério Público do seu estado e saiba qual a melhor forma de fazer a denúncia. Alguns estados possuem, inclusive, núcleos de gênero especializados em atender mulheres vítimas de violência.