Mulher morre após ser espancada e atropelada no RJ; família acusa ex
Do Universa, em São Paulo
23/01/2024 20h47Atualizada em 23/01/2024 20h58
Uma mulher de 24 anos foi espancada, atropelada e morreu na noite de domingo (21), em Santa Cruz, no Rio de Janeiro. A família dela acusa o ex-companheiro da vítima como responsável pelo crime.
O que aconteceu
Vítima encontrou ex-namorado em uma festa. Testemunhas disseram que o homem, que estava armado, agrediu a vítima com socos, chutes, joelhadas e coronhadas até deixá-la descordada na comunidade do Rodo, em Santa Cruz, divulgou o RJ no Ar (Record TV).
Jovem teria sido atropelada. Dois amigos colocaram a vítima em uma moto para socorrê-la, mas teriam sido perseguidos pelo ex de Rafaela. No meio do caminho, o suspeito teria jogado o carro que dirigia contra a motocicleta, derrubando os ocupantes e fazendo com que Rafaela fosse atropelada por um ônibus BRT. Ao UOL, a MOBI-Rio informou que a colisão ocorreu entre o carro e uma moto, fazendo com que o piloto da motocicleta e dois garupas caíssem na pista. "O BRT não está envolvido no acidente", informou, contrário do que afirma a família.
Pai disse que filha já estava "semimorta" ao cair na pista. "Ela já estava com coágulo, hemorragia interna. Os órgãos dela foram todos destruídos por causa desse cidadão", disse o pai da vítima, Fernando Luiz. Ele explicou que era a segunda vez que via a jovem "toda quebrada". Ele comentou que na última vez levou a filha ao hospital e depois registrou boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher de Sepetiba.
"Morreu sem nenhum dente na boca", diz irmã. Nas redes sociais, Fernanda Lima Luiz disse que o laudo de morte da irmã apontou que Rafaela foi vítima de morte violenta. "Eu só queria entender o porquê dele ter feito isso com ela. Minha irmã tão querida."
O caso foi registrado na 36ª DP (Santa Cruz). Os agentes realizam diligências para esclarecer os fatos, informou a Polícia Civil em nota.
Ex não aceitava término, diz família
Há dois anos, a vítima terminou relacionamento e homem não aceitava. "Em qualquer lugar [que ele a via], batia nela. No domingo, ele bateu nela porque ela estava no meio de amigos, mas ele já tinha falado que 'ou você é minha, ou você não é de mais ninguém", disse Fernanda.
"Ele acabou com a minha vida, com a vida da minha família. Com todos nós." "[Todos] amavam essa menina, a respeitavam, e olha o que esse cidadão fez. Isso é um monstro", disse o pai de Rafaela.
Rafaela deixa uma filha de três anos. A criança é do relacionamento dela com o ex apontado pela família da vítima como o responsável pela morte.
Família pede justiça nas redes sociais. Uma tia da vítima disse que a filha de Rafaela chama pela mãe a todo instante. "Esse monstro acabou com todos nós", escreveu.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.