Homem é preso suspeito de torturar a ex por 6h no RJ; ela se jogou de carro
Colaboração para Universa, em São Paulo
29/01/2024 10h01
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, nesta segunda-feira (29), um professor de jiu-jitsu suspeito de torturar por cerca de seis horas a ex-esposa — ela precisou pular de um carro em movimento para escapar das agressões.
O que aconteceu
Márcio de Oliveira Barreto, 53, é suspeito de agredir a ex, Adriana Freitas Barreto, 48, dentro de um carro, a caminho de Petrópolis, na região serrana do estado. No total, as agressões e tortura duraram cerca de seis horas. As informações são da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
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Adriana disse que precisou pular do carro em movimento para se livrar das agressões. Em depoimento, ela relatou que Márcio a agrediu com enforcamentos, mordidas, torção de dedo e punho e puxões de cabelo, além de xingamentos e ameaças. Ela também disse que o ex-companheiro estacionou próximo de um motel, em Teresópolis, e tentou estuprá-la.
Vítima disse que ela e o ex se separaram há cerca de um ano e seis meses, mas ele não aceitava o fim do relacionamento. Em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, Adriana contou que encontrou Márcio durante uma festa de amigos em comum. Quando viu o ex, ela ligou para amigos irem buscá-la, mas ele tomou o aparelho de sua mão, pediu para conversar e ela concordou. "Ele me levou para uma curva e lá já me jogou no chão e começou a me agredir. Me deu chutes, um monte de pontapés", explicou.
Pouco tempo depois, Adriana disse ter sido forçada a entrar no carro e passou a ser torturada. "Por volta da meia-noite, ele me enfiou dentro do carro dele. Eu fiquei simplesmente seis horas sendo torturada. Literalmente torturada".
Adriana escapou ao pular do veículo em movimento. Ela contou que abriu a porta, se jogou no asfalto, gritou por socorro e recebeu ajuda de frentistas de um posto de gasolina.
Vítima tinha mandado de proteção contra o ex-marido desde maio de 2023. Após as denúncias de agressões, a escola em que Márcio dava aula desligou o professor.
Márcio de Oliveira Barreto foi preso preventivamente e encaminhado ao 27º DP Vicente de Carvalho. O UOL não conseguiu localizar a defesa do suspeito. O espaço segue aberto para manifestação.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.