Homem é preso suspeito de torturar a ex por 6h no RJ; ela se jogou de carro
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, nesta segunda-feira (29), um professor de jiu-jitsu suspeito de torturar por cerca de seis horas a ex-esposa — ela precisou pular de um carro em movimento para escapar das agressões.
O que aconteceu
Márcio de Oliveira Barreto, 53, é suspeito de agredir a ex, Adriana Freitas Barreto, 48, dentro de um carro, a caminho de Petrópolis, na região serrana do estado. No total, as agressões e tortura duraram cerca de seis horas. As informações são da Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Adriana disse que precisou pular do carro em movimento para se livrar das agressões. Em depoimento, ela relatou que Márcio a agrediu com enforcamentos, mordidas, torção de dedo e punho e puxões de cabelo, além de xingamentos e ameaças. Ela também disse que o ex-companheiro estacionou próximo de um motel, em Teresópolis, e tentou estuprá-la.
Vítima disse que ela e o ex se separaram há cerca de um ano e seis meses, mas ele não aceitava o fim do relacionamento. Em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, Adriana contou que encontrou Márcio durante uma festa de amigos em comum. Quando viu o ex, ela ligou para amigos irem buscá-la, mas ele tomou o aparelho de sua mão, pediu para conversar e ela concordou. "Ele me levou para uma curva e lá já me jogou no chão e começou a me agredir. Me deu chutes, um monte de pontapés", explicou.
Pouco tempo depois, Adriana disse ter sido forçada a entrar no carro e passou a ser torturada. "Por volta da meia-noite, ele me enfiou dentro do carro dele. Eu fiquei simplesmente seis horas sendo torturada. Literalmente torturada".
Adriana escapou ao pular do veículo em movimento. Ela contou que abriu a porta, se jogou no asfalto, gritou por socorro e recebeu ajuda de frentistas de um posto de gasolina.
Vítima tinha mandado de proteção contra o ex-marido desde maio de 2023. Após as denúncias de agressões, a escola em que Márcio dava aula desligou o professor.
Márcio de Oliveira Barreto foi preso preventivamente e encaminhado ao 27º DP Vicente de Carvalho. O UOL não conseguiu localizar a defesa do suspeito. O espaço segue aberto para manifestação.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
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