Homem confessa ter matado esposa por ela se negar a desbloquear celular
Um homem matou a mulher por estrangulamento após ela se negar a desbloquear o celular para que ele visse as mensagens dela.
O que aconteceu
Tiago Trindade de Siqueira foi preso em flagrante por feminicídio na segunda-feira (29). Ele teria confessado o crime às autoridades e segue preso, informou a Polícia Civil do Paraná.
Vítima foi achada desacordada na própria residência em Araucária (PR). A vendedora Eduarda Amabile Correia foi socorrida até uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do município por familiares do marido, mas não resistiu e morreu.
Homem disse que imobilizou vítima. O marido de Eduarda afirmou que queria ter acesso às mensagens do celular da mulher, mas ela teria negado. Após a recusa, ele a imobilizou e colocou o joelho sobre o pescoço da jovem para desbloquear o aparelho através do reconhecimento facial, momento em que a jovem teria sido estrangulada.
Investigações continuam para esclarecer os fatos. O corpo da jovem foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal).
Família ficou surpresa com o feminicídio
O pai da vítima disse que filha nunca comentou sobre episódios de violência com o marido. Ayton Correia comentou que nunca imaginaria que um episódio como este poderia ocorrer em sua família. "Eu espero justiça, eu quero que ele pague pelo crime que ele cometeu", disse Ayton à emissora de televisão RICtv.
O velório de Eduarda estava previsto para ocorrer na terça-feira (30) na Capela Mortuária de Tomaz Coelho, em Araucária. Já o sepultamento aconteceria por volta das 17h no Cemitério Municipal de Tomaz Coelho, segundo a página do serviço funerário municipal de Curitiba.
O que diz a defesa
Defesa diz que marido se entregou à polícia. A informação, no entanto, não é confirmada pela polícia. Em nota enviada a Universa na quinta-feira (1º), os defensores citam que Tiago e Eduarda "tiveram um grave desentendimento" e o homem "conteve sua companheira com força em excesso, resultando no triste falecimento". O texto é assinado pelos advogados Philipe Kowalski, Lucas Lima, Levi Cristino dos Santos e Maria Rodrigues.
Nesse momento, confiamos na Justiça para que o Tiago tenha a chance de se defender e seja julgado -- respeitando o contraditório e a ampla defesa -- apenas pelos fatos e pelas motivações que existiram, sempre tendo em mente que até essa condenação final, ele segue tendo por ele a inocência garantida pela Constituição.
Defesa de Tiago Trindade de Siqueira
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
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