Sexo caiu na mesmice? 10 dicas quentes para fazer a cama soltar faísca
Heloísa Noronha
De Universa, em São Paulo*
31/01/2024 04h00
Por mais que um casal seja feliz durante anos, é comum que, em determinadas fases da vida, a rotina, a comodidade e a sensação de segurança deem uma esfriada no sexo. Afinal, se os dois se conhecem e se dão bem, por que tentar mudar?
O problema é que o hábito, em certos casos, conduz à monotonia. E o tédio é muito prejudicial ao relacionamento. Por isso, Universa conversou com especialistas e selecionou dez dicas para driblar a mesmice na cama após anos de relacionamento.
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1. Beijar muito na boca
Beijar deveria ser o começo, o meio e o fim de uma transa incrível. Com o beijo na boca se inicia toda a sinergia sexual. É a essência da paixão e uma ferramenta poderosa no que se refere ao romance. Infelizmente, muitos casais com relações duradouras passam a subestimar e até dispensar esse carinho no cotidiano, deixando-o somente para a cama.
2. Inovar nas preliminares
Com o tempo, as transas começam a obedecer sempre o mesmo script: beija aqui, beija ali, faz uma carícia em um ponto estratégico, diz tal coisa, parte para o sexo oral, depois a penetração e pronto. Não há surpresa e, em alguns casos, até o tempo de duração é sempre o mesmo.
É preciso variar as regiões de exploração corporal. Por exemplo: um dia, estimule o lado esquerdo do parceiro; no outro, o direito. Vale tocar e lamber todos os cantos, menos as áreas erógenas, e por aí vai. Surpreender o outro, em vez de atender suas expectativas, pode ser excitante, assim como mudar o cenário das preliminares —que tal iniciá-las na cozinha ou no banheiro?
3. Cuide da aparência
No início de namoro, se arrumar para encontrar quem se ama é uma espécie de cerimônia que por si só já gera um enorme prazer, pois antecede as delícias que estão por vir. A convivência, a rotina e a disponibilidade acabam exterminando esse ritual, que deveria ser mantido.
Em vez de tomarem banho e se vestirem um diante do outro, seria bom, pelo menos em ocasiões especiais, que se preparassem e se trocassem sozinhos, na intimidade, para então causarem admiração com um visual diferente ou mais caprichado do que o habitual.
4. Luxo no dia a dia
Não são poucos os casais que reservam os melhores talheres, taças e louças para impressionar as visitas em eventos comemorativos e destinam ao uso diário copos descombinados, pratos lascados e garfos e facas velhos.
A química sexual tem tudo a ver com a forma com que os parceiros lidam com seus momentos cotidianos, como o café da manhã e o jantar. Ver a mesa bem posta e caprichada, usar toalhas felpudas e lençóis bordados deixa a casa bonita, com astral renovado, o que estimula a autoestima do casal e ajuda a renovar a relação. Todo dia deve ser considerado especial.
5. Não abrir mão das rapidinhas
Como já foi dito sobre as preliminares, casais que estão juntos há vários anos costumam transar praticamente sempre do mesmo jeito. É um território confortável, por isso as rapidinhas funcionam como um antídoto à monotonia. Chamar o par para uma transa rápida quebra a rotina. É preciso se virar conforme a situação e se adaptar ao local, sem premeditação, o que certamente dá fôlego novo à libido.
6. Premeditar a situação
Muita gente pensa que sexo bom é aquele que surge de um impulso, mas isso é um mito. Mesmo no início de relacionamento, quando a libido estava no auge, o que acontecia também era resultado de muito preparo. Da aparência, da roupa, do ambiente, da música etc.
Por isso, os casais devem continuar a seduzir, a criar expectativas e planejar. Como? Primeiro, fantasiando no decorrer do dia. Segundo, telefonando ou mandando mensagens contando seus planos para mais tarde. E, terceiro, preparando o terreno —arrumando o quarto, vestindo algo especial, preparando um prato diferente etc.
7. Evitar a obrigatoriedade do orgasmo simultâneo
A pressão de atingir o clímax juntos é uma espécie de armadilha que prejudica a vida sexual de muitos casais, principalmente os que vivem juntos há anos, pois nem um nem o outro conseguem relaxar o suficiente para aproveitar o que antecede o gozo. Primeiro é preciso buscar o próprio orgasmo, para depois cuidar do prazer do outro.
8. Tome cuidado com os artifícios
De fantasias sensuais a brinquedinhos eróticos, há uma série de recursos interessantes nos sex shops. Muita gente, porém, acaba buscando esses artifícios porque os amigos recomendaram ou porque viram uma determinada cena em um filme, desconsiderando a história e as vontades do parceiro e até mesmo as próprias.
Um espartilho, por exemplo, só deve ser adotado se a mulher se sentir confortável com ele. O conforto mental e físico são a chave para a liberdade sexual. Mais do que valorizarem e se excitarem com roupas ou acessórios, as pessoas preferem dividir a cama com alguém que esteja realmente envolvido no ato sexual.
9. Transforme o quarto em um santuário do sexo
Segundo os especialistas, o quarto não é lugar para ver TV, comer, estudar, discutir a relação ou fazer as contas do mês. Esse espaço deve ser usado e decorado para descansar e transar, com uma iluminação relaxante, lençóis confortáveis e decoração bonita. O quarto de um casal deve ser um lugar seguro e gostoso, para que os dois se entreguem ao que têm vontade sem se preocupar com o mundo do lado de fora. Casais com filhos devem se precaver contra possíveis interrupções, trancando a porta e pedindo a ajuda dos avós e babás, para curtirem bons momentos a sós.
10. Não caia na armadilha da segunda lua de mel
Há casais que tentam fazer uma "segunda lua de mel" para dar uma sacudida no marasmo. De fato, mudar os ares ajuda a dar gás novo ao relacionamento e estimula a libido.
Mas só viajar para um lugar encantador e paradisíaco não resolve se a falta de entrosamento no sexo, por exemplo, for sintoma de outros problemas da relação. Se a viagem tiver mesmo como objetivo tirar o sexo da rotina, vale aproveitar o cenário e as experiências diferentes para abrir o jogo sobre desejos, fantasias, vontades.
Fontes: Carolina Ambrogini, ginecologista; Joaquim Zailton B. Motta, psiquiatra e sexólogo; Maria Claudia Lordello, psicóloga e sexóloga; e Maria Luiza Cruvinel, terapeuta sexual e de casais.
*Com matéria publicada em 08/01/2013