De Sense8 a Bojack: 6 filmes e séries para refletir sobre sexualidade
Assistir a séries, filmes ou documentários pode ser um jeito diferente de refletir sobre sexualidade. Um bom pontapé para repensar, por exemplo, sobre condição de gênero, orientação sexual, preconceitos e até mesmo violência relacionada à sexualidade.
É por isso que elencamos seis títulos — todos estão na Netflix — que, com roteiros bem elaborados, vão fazer você entrar nesse assunto. Confira:
Jogo Perigoso
Em "Jogo Perigoso", o casal Gerald (Bruce Greenwood) e Jessie Burlingame (Carla Gugino) decide viajar a uma casa de campo para realizar fantasias sexuais. Ou, pelo menos, as fantasias sexuais dele. Gerald usa algemas para prender a esposa na cama, mas logo ele sofre um ataque do coração e morre. Jessie, desesperada, fica presa sozinha na casa afastada de qualquer vizinho que possa salvá-la. Se a história parece uma ideia de Stephen King é porque é mesmo.
O filme é baseado no livro o "Jogo de Geraldo' e tem como pano de fundo uma discussão sobre como a sexualidade feminina pode se tornar uma experiência extremamente violenta e aprisionadora devido à socialização sexual dos homens, sempre treinados a não manter qualquer empatia para atender às suas vontades.
Orange is the New Black
Uma das séries de maior sucesso da Netflix, "Orange is the New Black" abre espaço para uma série de discussões sobre sexualidade feminina. Elas são mais livres sexualmente por estarem, incondicionalmente, em um espaço só para elas? Ou são ainda mais fadadas a rótulos e discriminações, justamente, por serem presidiárias?
"Orange" abre a porta para refletir sobre orientações sexuais cada vez mais fluidas, falar sobre bissexualidade e também LGBTfobia. Um dos pontos mais importantes é mostrar que a vida nem sempre é tão "preto no branco" e que conflitos fazem parte de uma descoberta sexual cada vez mais saudável, embora difícil de se definir e ser alcançada.
Sense8
Sim, a série "Sense8" ganhou novos holofotes quando teve seu cancelamento revertido a pedido dos fãs, no primeiro semestre deste ano. Talvez o "quase final" tenha sido um sinal para assistir a série de ficção-científica que explora uma estranha conexão psíquica entre oito estranhos que transbordam muita, muita sexualidade. Há espaço para se discutir se estamos aprisionados às nossas orientações - deveríamos ter nossos desejos menos colocado em "caixinhas" - e também nos coloca mais próximo de personagens como o da atriz Jamie Clayton, que interpreta a hacker Nomi Marks, uma transexual cuja trama não discute somente em torno de seu gênero, apresentando à audiência uma personagem com mais camadas do que estereótipos e a transfobia do nosso cotidiano costumam apresentar.
BoJack Horseman
Pode até não parecer, mas a série animada "BoJack Horseman" discute temas como solidão, ganância, relações superficiais e a busca um pouco desastrada por uma tal felicidade. Nesse bolo, também há espaço para uma divertida discussão sobre sexualidade.
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HORÓSCOPO
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Quero receberProtagonizado por BoJack, uma estrela decadente de Hollywood que pretende retomar o sucesso da carreira, a série se passa em uma realidade na qual seres-humanos e indivíduos antropomórficos dividem espaço. Tood Chavez, um dos amigos próximos de Bojack, representa um jovem que tem dificuldade em encontrar sua orientação sexual e faz frequentes questionamentos sobre se sentir (ou não) atraído por alguém em meio a um cenário em que os excessos - inclusive, de sexo - costumam imperar.
Tood conclui que é assexual, e representa bem a geração onde a sexualidade é um terreno indefinido e em constante discussão.
Grace e Frankie
Tudo começa quando os maridos das personagens Grace Hanson (Jane Fonda) e Frances Frankie Bergstein (Lilly Tomlin) anunciam sua orientação sexual às esposas e revelam que estão apaixonados. Grace e Frankie, então, decidem construir uma amizade construída de forma improvável, mas que ajuda a discutir e compreender a sexualidade já às portas da terceira idade, um terreno nem sempre explorado pelas séries.
Hot Girls Wanted: Turn On
A segunda parte do documentário "Hot Girls Wanted", que na primeira discutiu sobre os bastidores da indústria pornográfica, desta vez questiona a maneira como associamos a tecnologia à nossa sexualidade. As entrevistas vão de strippers de webcam a quem aposte em criar filmes pornográficos mais "inclusivos" e lançá-los na internet.
A pergunta essencial do documentário é: já consumimos muita pornografia e somos expostos a muito sexo na internet, mas quais são as consequências para nossa sexualidade?
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