'A histeria é a chave do feminismo, é o grande motor', diz Tati Bernardi

Você já foi chamada de histérica por algum homem? No "Tatiando" desta segunda-feira, a escritora e apresentadora Tati Bernardi compartilha com a audiência de Universa a sua visão sobre o conceito de histeria e de como a palavra está atrelada ao comportamento de mulheres que não aceitam as imposições da sua época.

As histéricas de hoje, e eu posso dizer que eu sou uma, são mulheres denúncia. Pode parar de achar que histeria é xingamento.
Tati Bernardi

Ela conta como o papel das mulheres diagnosticadas com histeria foi fundamental para o surgimento da psicanálise.

"Elas eram conhecidas como as mulheres que interrogavam o mestre. Muitas das histéricas que Freud atendeu, falavam: 'não, esse diagnóstico que você me deu está errado.'"

A histeria é a chave do feminismo, é o grande motor.
Tati Bernardi

A escritora explica que as mulheres consideradas histéricas eram aquelas que não se resignavam com os papéis sociais que podiam desempenhar.

"Elas viviam em uma sociedade em que não podiam existir, tinham que ser esposa, dona de casa (...) não podiam ter uma vida sexual plena ou exercer algum ofício", afirma Tati.

O sentido real de ser histérica é que você deseja, que você tem pulsão de vida dentro de você, que você denuncia os erros do machismo da sua década, do seu século. Então eu sou a favor de que a gente não tenha medo dessa palavra.
Tati Bernardi

Toda segunda-feira, Tati Bernardi compartilha dicas e assuntos que considera relevantes no quadro "Tatiando", nas redes sociais de Universa.

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