RJ: Homem é preso suspeito de matar namorada grávida com lâmina de barbear
Um homem de 18 anos foi preso em flagrante sob suspeita de matar a namorada, de 19 anos, com uma lâmina de barbear após a jovem revelar que estava grávida dele em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio.
O que aconteceu
Pai de Kayque Sales Simões entregou o filho aos policiais que atendiam a ocorrência no domingo (17). Os agentes foram acionados para atender um caso de homicídio e isolaram o local após encontrarem o corpo da vítima, identificada como Kaylane Vitório.
Segundo os autos, a vítima tinha um relacionamento amoroso com Kayque e informou ao rapaz que estava grávida dele. Testemunhas disseram à polícia que o homem pressionava a jovem para fazer um aborto, mas ela não concordava com a solicitação.
Vítima foi morta com corte no pescoço. No dia do crime, Kayque chegou a pedir para ir à casa da namorada, mas ela recusou. Apesar disso, ele foi até a residência e, usando uma lâmina de barbear, cortou o pescoço da vítima, o que causou a sua morte. O corpo de Kaylane foi encontrado pela irmã de 11 anos.
O bebê também não resistiu e morreu. Não há informações sobre quantas semanas de gestação a jovem estaria. A família disse ao Bom Dia RJ (TV Globo) que não sabia que a jovem estava grávida. Um exame foi realizado no IML (Instituto Médico Legal) para confirmar a gestação.
Kayque teria confessado o crime às autoridades. O homem alegou que ele e a jovem não tinham um relacionamento sério e eram apenas "ficantes", divulgou a emissora.
Justiça mantém a prisão de suspeito
Justiça do Rio de Janeiro converteu prisão de Kayque em preventiva (por tempo indeterminado). Em audiência de custódia nesta terça-feira (19), a Justiça aceitou o pedido do Ministério Público para a conversão da prisão em flagrante em preventiva em razão da "prova de existência do crime e indício suficiente de autoria".
Na audiência, a defesa do homem, representada pela Defensoria Pública, pediu a liberdade provisória dele. O advogado argumentou que Kayque era réu primário e alegou ele se entregou às autoridades, segundo a decisão, obtida por Universa.
Juíza negou pedido da defesa e apontou que o caso trata-se de "crime grave". "A crueldade da ação indica a mais absoluta inadequação do custodiado [Kayque] ao convívio social, já que matou a própria namorada após ser informado de que ela estava esperando um filho dele", escreveu a juíza Rachel Assad da Cunha, da 2ª Vara Criminal da Comarca da Capital.
Investigações do caso continuam. Outras testemunhas ainda devem ser ouvidas, segundo a decisão da audiência de custódia. O caso foi registrado como feminicídio na DHC (Delegacia de Homicídios da Capital).
A reportagem tenta contato com a Defensoria Pública. O texto será atualizado tão logo haja manifestação.
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