Homem suspeito de cometer estupros em série é preso em Goiás
Do UOL, em São Paulo
25/03/2024 12h40Atualizada em 25/03/2024 15h45
Um homem foi preso por suspeita de cometer estupros em série em Goiânia.
O que aconteceu
Pelo menos oito crimes foram registrados entre 2015 e 2024. O primeiro registro foi em janeiro de 2015, informou a Polícia Civil. Daniel Maurício de Oliveira, de 53 anos, foi preso no sábado (23).
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Vítimas tinham entre 11 e 56 anos. A maioria delas foi abordada quando andava em locais públicos da capital. Uma delas estava na frente de um shopping quando foi obrigada a entrar no carro do suspeito.
Modus operandi. Além de abordar as vítimas em locais públicos, Daniel dopava as mulheres para diminuir a capacidade de resistência delas, informou a polícia. Ele usava facas ou uma arma para ameaçá-las e as abandonava após o crime.
Características do suspeito e do carro dele ajudaram na investigação. A descrição do homem dada pelas vítimas à polícia foi o primeiro fator que levantou a suspeita de que os crimes eram cometidos pela mesma pessoa. O interior do carro dele, que era acolchoado, também ajudou os investigadores.
Objeto de vítima encontrado com suspeito. O celular da vítima mais recente foi roubado pelo suspeito e encontrado com o filho dele, que foi preso por receptação - o nome e idade dele não foram divulgados pela polícia. .
Identidade de Daniel foi divulgada a pedido da polícia. A foto de Daniel foi disponibilizada pela Polícia Civil para que outras possíveis vítimas ou testemunhas tivessem a oportunidade de reconhecê-lo. A instrução é que elas procurem a delegacia.
O processo corre em segredo de Justiça e o UOL não conseguiu visualizar o nome da defesa do suspeito. O TJGO foi procurado e, pelo mesmo motivo, também não conseguiu acessar o nome de advogados habilitados para o processo. A Defensoria Pública afirmou que não está habilitada no processo nem foi procurada por parentes para representar Daniel até o momento.
O autor tinha um comportamento muito similar em todos os casos, abordava as vítimas em local público, praticava o crime no local e as abandonava, roubando-as também.
Amanda Menuci, delegada da Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher
Como denunciar violência sexual
Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos.
O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas, por se tratarem de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.
Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados.
O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.
Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.