Homem é preso nos EUA pela Interpol por estupro de adolescente em MG
Colaboração para o UOL
26/03/2024 19h25
Um homem acusado de estuprar uma adolescente de 14 anos em Minas Gerais foi encontrado nos Estados Unidos, deportado para o Brasil e detido.
O que aconteceu
O homem, de 51 anos, estava foragido desde 2021, após ser citado no processo criminal. À época, no entanto, ele não se apresentou ao tribunal nem contratou um advogado. Crime foi em 2014, na área rural de Inhapim, no Vale do Aço, em Minas Gerais.
Lista de procurados da Interpol. O nome do acusado, que não foi divulgado pelas autoridades brasileiras, estava na lista da Difusão Vermelha da Organização Internacional de Polícia Criminal. A ferramenta permite a prisão de pessoas que se encontram em países estrangeiros e contra as quais existe um mandado de prisão emitido por outro país.
Homem foi acusado de coagir a vítima sob grave ameaça. Estupros teriam acontecido entre janeiro e julho de 2014, e abusos foram confirmados por exame de corpo de delito.
Vítima disse que o homem, que era seu vizinho, ameaçou "matar toda a sua família se ela não ficasse com ele". Abusos só pararam quando os pais da jovem flagraram crime, segundo investigação.
Homem foi encaminhado a presídio. Ele está preso no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de BH. O caso está sendo julgado na 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Inhapim. Pena pode chegar a até 20 anos de prisão em regime fechado.
O UOL entrou em contato com a Polícia Civil de Minas Gerais, para obter mais informações, como a nacionalidade do homem, mas até o momento a corporação não havia respondido aos questionamentos.
Como denunciar violência sexual
Vítimas de violência sexual não precisam registrar boletim de ocorrência para receber atendimento médico e psicológico no sistema público de saúde, mas o exame de corpo de delito só pode ser realizado com o boletim de ocorrência em mãos.
O exame pode apontar provas que auxiliem na acusação durante um processo judicial, e podem ser feitos a qualquer tempo depois do crime. Mas, por se tratarem de provas que podem desaparecer, caso seja feito, recomenda-se que seja o mais próximo possível da data do crime.
Em casos flagrantes de violência sexual, o 190, da Polícia Militar, é o melhor número para ligar e denunciar a agressão. Policiais militares em patrulhamento também podem ser acionados.
O Ligue 180 também recebe denúncias, mas não casos em flagrante, de violência doméstica, além de orientar e encaminhar o melhor serviço de acolhimento na cidade da vítima. O serviço também pode ser acionado pelo WhatsApp (61) 99656-5008.
Legalmente, vítimas de estupro podem buscar qualquer hospital com atendimento de ginecologia e obstetrícia para tomar medicação de prevenção de infecção sexualmente transmissível, ter atendimento psicológico e fazer interrupção da gestação legalmente. Na prática, nem todos os hospitais fazem o atendimento. Para aborto, confira neste site as unidades que realmente auxiliam as vítimas de estupro.