Pai que matou filha disse que ela estaria apoiando a mãe em nova relação
Simone Machado
Colaboração para o UOL, em São José do Rio Preto (SP)
29/03/2024 04h00Atualizada em 01/04/2024 15h30
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo decretou a prisão preventiva do pai suspeito de ter matado a própria filha em São Paulo. O corpo de Rayssa Santos da Silva Rosas, 18 anos, foi encontrado carbonizado num buraco perto da avenida 23 de Maio, na área central da cidade.
O que aconteceu:
Wellington da Silva Rosas, de 39 anos, passou por audiência de custódia na quarta-feira (27) após ser preso no dia anterior. Em depoimento, ele confessou o crime à polícia e disse que teria acontecido após uma discussão com a filha que estaria apoiando a mãe em um novo relacionamento. As informações são do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Eles estariam bebendo quando começaram a discutir por causa da mãe da Rayssa. O casal estava separado havia poucos meses. A intenção dele era atingir a ex-esposa, diz delegada Ivalda Aleixo, diretora do DHPP.
O crime ocorreu no último domingo (24), quando a filha visitava o pai no apartamento onde ele mora na Bela Vista. Rayssa foi morta por asfixia, segundo a polícia.
Imagens do circuito interno de segurança do prédio onde o suspeito mora registraram o momento em que o homem deixa o apartamento, na noite de segunda-feira (25), carregando uma caixa de papelão com o auxílio de um carrinho de mão. Para a polícia, o Wellington carregava o corpo da filha.
Durante o interrogatório, o suspeito detalhou que contratou um morador em situação de rua para ir a um posto, comprar combustível para queimar o corpo da filha. Ele teria pago R$ 10 ao morador. A polícia tenta localizar esse morador para confirmar a versão relatada pelo suspeito.
Wellington foi preso por homicídio triplamente qualificado por usar recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Ele também vai responder por ocultação de cadáver. Ele já possui passagens criminais por tentativa de homicídio, roubo, furto e tráfico de drogas.
A reportagem do UOL tenta localizar a defesa do suspeito. Caso haja manifestação, a reportagem será atualizada.
Entenda o caso:
Na segunda-feira (25) após a filha não voltar para casa, a mãe de Rayssa, que também mora na capital paulista, procurou a Polícia Civil e registrou o desaparecimento da jovem após visitar o pai.
No dia seguinte, o corpo da jovem foi encontrado.