Partiu terapia? 3 traumas comuns na infância que atrapalham a vida adulta
Sofrimentos da infância podem refletir na vida adulta gerando dificuldades nos relacionamentos e baixa autoestima. No entanto, apesar de o passado não poder ser alterado, uma mudança na maneira de encará-lo pode ser essencial para curar feridas emocionais.
Para isso, é necessário ter consciência da existência delas. Entre as feridas emocionais mais comuns apontadas por especialistas estão a obrigação de agradar, a sensação de não ser capaz e o medo do abandono. Conheça a origem e reflexo de cada uma delas:
Obrigação de agradar
Algumas falas de pais durante a infância dos filhos podem passar uma mensagem errada às crianças e refletir no futuro delas. Frases como "mamãe não gosta de quem faz xixi na cama", "você foi bem na prova, te amo muito" ou "não comeu tudo, não gosto mais de ti" podem gerar angústia nos filhos, que acreditam precisarem ser perfeitos para serem amados e valorizados.
O amor dos pais não deve depender do que a criança faz ou deixa de fazer e a ausência de reconhecimento em atitudes boas comparada à ênfase nas atitudes negativas pode ser prejudicial na vida adulta, fazendo com que a pessoa se anule em prol dos outros e nunca se sinta boa o bastante para merecer a amor de alguém.
Sensação de não ser capaz
Assim como a falta de amor dos pais, o excesso também pode prejudicar o desenvolvimento da criança. Atitudes, como guardar os brinquedos, apaziguar conflitos com colegas e vestir o filho quando ele já é capaz, priva a criança de ter a autonomia e independência e impede que ela aprenda a criar soluções em momentos de dificuldades.
O jovem cresce com o sentimento de inutilidade, pois a percepção da criança é que ela não sabe o que é melhor para si própria e não consegue fazer nada certo. Um adulto criado nessas condições pode se tornar incapaz de lidar com frustrações e obstáculos. Além disso, pode fazer o que for preciso para ter reconhecimento, pois se enxerga como incapaz.
Medo de abandono
Os medos de abandono e traição são comuns na infância e podem ressurgir na vida adulta em forma de ansiedade ou dificuldade de confiar nas pessoas. Eles podem ser motivados pela sensação de abandono que a criança sente ao ver os pais saírem para trabalhar, por exemplo.
No entanto, há casos em que realmente existe abandono físico e emocional da família, quando o filho é ignorado em momentos que deseja receber amor incondicional. Sendo assim, o jovem pode prometer inconscientemente que não permitirá que ninguém mais lhe faça se sentir da mesma forma e, na vida adulta, evita se envolver e acaba se tornando uma pessoa controladora e desconfiada. Para não ser abandonado, rejeitado ou traído, age dessa maneira antes.
FONTES: Heloísa Capelas, especialista em inteligência comportamental, consteladora familiar e escritora; Lidia Weber, psicóloga e escritora; Yuri Busin, psicólogo.
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