Camila Queiroz: Se casamento fosse só amor não teria tanta gente terminando
A gente sente que a Camila Queiroz, 30, está na televisão há muito tempo, mas, na verdade, são apenas oito anos de carreira nas telas. "Brinco que não sou nem novata e nem veterana", diz a Universa. Talvez essa sensação seja culpa de seus personagens marcantes ou da presença constante em diferentes projetos.
Parte do elenco da novela "Beleza Fatal", que vai estrear na plataforma de streaming Max ainda este ano, e apresentadora do reality "Casamento às Cegas Brasil", na Netflix, Camila —que acumula anos na carreira de modelo— acrescentou um projeto de moda em sua lista: o lançamento da coleção BFF com a C&A, ao lado de Agatha Moreira.
Casada desde 2018 com o ator Klebber Toledo, de relacionamento de sucesso ela entende bem. Contudo, não acredita que exista uma fórmula pronta. "Temos muito orgulho um do outro e torcemos genuinamente pelo nosso sucesso individual", diz.
Universa: Você já dividiu roupa com alguém e a peça voltou estragada?
Camila Queiroz: [Camila olha para a irmã dela, que está ao lado, e aponta] Eu, minhas duas irmãs e minha mãe usamos o mesmo manequim e temos o mesmo tamanho de pé. Sempre dividimos tudo com todo mundo. E uma hora estraga, né? Com minhas irmãs está tudo bem. Agora, na época de modelo, nas casas que dividíamos, voltava além de estragado, sujo.
E você tem alguma peça preferida?
Eu amo calça jeans com regata branca. Essa é uma combinação infalível porque você pode combinar com tênis, com rasteirinha, com salto, mudar os acessórios e transformar aquele look. Às vezes, você sai para trabalhar com essa combinação de manhã, passa um batom vermelho e está pronta para o happy hour. Eu gosto dos clássicos e tentei trazer isso para a minha coleção com a C&A. Não tem erro com eles, porque nunca saem de moda. Você só precisa mudar os acessórios.
Você apresenta "Casamento às Cegas" e é casada com o Klebber Toledo há seis anos. Tem alguma dica para uma relação duradoura?
Olha, não tenho dicas, mas posso falar da minha experiência pessoal. Temos muito orgulho um do outro e torcemos genuinamente pelo nosso sucesso individual. É importante que os dois se sintam felizes e realizados no casamento, que ninguém tente anular o outro e que não haja competição. Quando um casal compete um com o outro, aquela relação já está falida.
Eu e Klebber somos parceiros. Em um dia que não estou tão bem, ou ele não está tão bem, sempre pensamos em como podemos ajudar, sabe? Essa sensibilidade no dia a dia é preciso. Só amor é fácil. Se casamento se resumisse só a amor não teríamos tanta gente terminando. Quantas vezes já ouvimos 'a gente se ama, mas não está mais dando certo'?
Você tem algum exemplo da sua relação que se encaixa nesse seu conselho? Que você se lembre de cabeça?
Ah, tem sim. Teve uma semana em que eu precisava sair de casa às cinco da manhã para gravações. Eu levantava às quatro para tomar banho e o Klebber meia hora depois só para me fazer um café. Quando eu saía do banho, meu café estava feito.
Não porque ele tinha a obrigação, mas porque ele queria me fazer essa gentileza para contribuir com o meu horário que era difícil. Pequenos atos assim, dentro da relação, são importantes. No "Casamento às Cegas", por exemplo, quando temos tempo de conversar com os participantes, tentamos aconselhar bastante.
Vocês fuçam a vida dos participantes depois que eles saem do reality?
Durante as gravações a gente não pode seguir ninguém, para não dar spoiler. Então ficamos olhando o que eles estão postando. A gente fuça mesmo. E tem também o fato de que eles só pegam o telefone quase um mês depois que estão filmando, nem os amigos sabem o que tá rolando.
Quando o programa acaba está tudo liberado e aí passamos a interagir com eles. Alguns se tornam até nossos amigos, a gente continua conversando, marca de sair. Criamos relações bem verdadeiras com eles.
Recentemente você precisou declinar um projeto internacional por uma questão de agenda, porque vai gravar uma novela para um streaming aqui no Brasil. É difícil fazer essas escolhas e abrir mão de trabalhos?
Nós fazemos escolhas todos os dias e, às vezes, acontecem situações assim, de você ter duas grandes oportunidades na mão. Nesse caso, em especial, nem foi escolha. Tentamos fazer acontecer, mas realmente as agendas não estavam batendo.
Já passei por isso outras vezes, em que eu precisava escolher um caminho a seguir. Aí eu peço na oração e escuto meu coração para saber o que é o melhor a fazer. A gente pede uma ajudinha para o universo e, às vezes, ele nos dá esse sinal.
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Quero receberEm meio a essas oportunidades, tem algum projeto que você ainda sonha em fazer?
A minha carreira não é tão longa, só tem oito anos. Desses, dois foram como a Angel em "Verdades Secretas". Brinco que não sou nem novata e nem veterana. Estou no meio do caminho.
Tem muitas coisas que não fiz e tenho vontade. Quero fazer uma grande vilã, porque quem faz se diverte muito. Quero fazer uma bem carismática. Aliás, spoiler: Camila Pitanga será assim em "Beleza Fatal". Quero fazer personagens complexos, que trabalhem o lado mental, com comportamentos controversos.
E se você pudesse trocar de corpo com qualquer pessoa do mundo, quem seria?
Nossa, nunca pensei isso. Mas assim, rápido, acho que com a Gisele Bündchen. Pela referência que ela é por seu trabalho na passarela, bronze maravilhoso e genética incrível. Ela é linda. Acho a Gisele maravilhosa.
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