Vivi Araújo: 'Não vou ter corpo que tinha com 20, 30 anos, agora sou mãe'
Há dezesseis anos como rainha de bateria do Salgueiro, Viviane Araújo não deixou de desfilar pela Sapucaí nem mesmo quando estava grávida. A atriz e influenciadora mostrou na avenida, em 2022, a barriga que há cinco meses carregava o bebê Joaquim.
Vivi anunciou a gravidez aos 46 anos, idade que, para muitos, é vista como impossível para se ter uma gestação. Para ela, isso foi o contrário. Com uma vida cheia de muito trabalho, ela não conseguia se ver como mãe apesar de sempre ter desejado ter um filho.
"Acho que eu não estava realmente preparada e ainda não tinha conhecido meu marido. Agora eu também tenho mais experiência. A gente fica mais madura, vai aprendendo mais, vai sabendo lidar com as coisas da vida com mais sabedoria. Isso ajuda também na maternidade", comentou.
Em entrevista a Universa, Viviane Araújo contou sobre seu processo para ter um filho depois dos 40 e ainda revelou que, se for ser mãe novamente, dessa vez deve ser por meio de adoção.
Universa: Como sua rotina diária mudou desde que você se tornou mãe? Quais são as principais diferenças que você percebeu em seu dia a dia?
Viviane Araújo: Agora que comecei a voltar a minha rotina de antes. Meu filho vai fazer um ano e nove meses e já está na creche, coloco ele cedo e tenho um dia livre para poder fazer minhas coisas, como cuidar do meu trabalho. Mas nunca vai ser como era antes sem o Joaquim porque agora tudo que faço é pensado para ele.
Nos quatro, cinco primeiros meses foi realmente aquela coisa de não conseguir ter a minha rotina normal, mas mesmo assim foi maravilhoso. Tudo o que vivi faria novamente, porque é algo extraordinário.
As pessoas podem falar que a maternidade é difícil, claro que tem aquela fase mais complicada quando os hormônios estão todos loucos, o puerpério, mas você se sente plena, realizada, é como se a sua vida começasse ali naquele momento.
Você teve o Joaquim por meio de fertilização in vitro, correto? Pode compartilhar mais sobre sua experiência durante esse processo?
O Joaquim foi muito planejado, foi todo programado. Não podia engravidar normalmente. Tive que procurar um médico para fazer uma fertilização in vitro e ele me abriu várias possibilidades de como poderia fazer isso.
Já não estava ovulando mais então seria muito complicado fazer um tratamento para conseguir ter óvulos. Então parti para o óvulo vindo de doação, e a gente fez o Joaquim assim, o espermatozoide do meu marido e um óvulo doado e colocado dentro da minha barriga.
Fiz uma primeira tentativa em novembro de 2021 e não deu certo. Em dezembro daquele ano o médico me disse que encontrou uma nova doadora, eu estava programando o Réveillon, o Carnaval, só que alguma coisa me disse para tentar mesmo assim.
O coração falou mais alto do que tudo. No dia 24 de dezembro tive a confirmação de que estava grávida.
Como foi esse processo de escolher ter o filho por meio de fertilização in vitro?
Não sabia como funcionava tudo, mas já sabia que se não pudesse ter o meu filho com os meus óvulos faria de outra forma, já fui com a cabeça muito aberta para isso porque sei que tem um preconceito muito grande por questões religiosas e familiares.
Falo abertamente disso para que mulheres que tentam ter filhos e não conseguem que a fertilização in vitro seja uma possibilidade. É uma esperança que a gente tem de realmente conseguir.
Newsletter
HORÓSCOPO
Todo domingo, direto no seu email, as previsões da semana inteira para o seu signo.
Quero receberO que você diria para mulheres que querem ter filhos e às vezes têm receio desse processo?
É muito difícil falar e dizer que uma mulher tem que fazer ou não a fertilização in vitro, isso é uma questão muito pessoal e íntima.
O que eu posso dizer é que o meu caminho foi lindo, foi revelador para eu poder ter o meu filho da forma que tive e poder até inspirar e motivar outras mulheres a ter o filho dessa forma.
Muitas mulheres que tentam ter filhos e não conseguem também podem tentar a adoção, que é outro processo lindo.
Eu e meu marido pensamos em adotar caso a gente queira ter outro filho. Há várias possibilidades, você tem que estar aberta a elas.
Como foi para você lidar com a exposição midiática durante a gestação e como está sendo essa experiência agora?
Sempre levei isso numa boa. Quando revelei que estava grávida, recebi uma enxurrada de amor, carinho e afeto que me deu vontade de compartilhar todos os momentos da minha gestação com todo mundo.
Isso da mesma forma que quero compartilhar a vida que hoje tenho com o Joaquim, com a minha família. Eu estou muito feliz e quero compartilhar minha felicidade
Você é muito ativa na sua carreira como atriz e influenciadora, e também participa do Carnaval. Você percebeu mudanças nos seus cuidados com a pele e o corpo antes e depois da maternidade?
Sempre cuidei do meu corpo, sempre busquei estar em forma, mas depois da maternidade tudo muda.
Não vou ter o corpo que eu tinha com 20 anos, com 30 anos, agora sou mãe. Então procuro buscar a minha melhor versão nesse momento.
Quero estar bem e gosto muito de me cuidar. Gosto de experimentar produtos, ter minha rotina sempre certinha dos cuidados com a pele do corpo e do rosto. Sou embaixadora da Vult e a marca tem produtos que sempre estão comigo. Sou apaixonada pelo ácido hialurônico, ajuda a manter a pele firme.
Mas também tem a questão do tempo, é complicado mesmo ter tempo para esses cuidados, mas acho que se a gente tiver vontade e querer fazer, a gente faz e acontece.
A gente consegue ter essa rotina, esse cuidado com a gente mesmo. Tanto que hoje vou para academia às vezes de segunda a sábado e já levei o Joaquim comigo para lá.
O cabelo também pode mudar muito depois da gravidez, não é? Como tem sido os cuidados com ele?Esse período [da gestação] mexe com todos os hormônios e afeta a mulher em vários sentidos e o cabelo realmente é uma das coisas afetadas. Meu cabelo ficou lindo durante a gestação, só que depois ele começou a ficar um pouco mais fraco.
E nessas horas a gente tem que procurar produtos que fortaleçam o nosso fio.
Você citou que pensa em ter outro filho, talvez por meio da adoção. Queria saber o que você ainda quer buscar, o que você ainda sonha tanto para sua carreira quanto para sua vida pessoal?
Quero primeiro quero ter muita saúde, tenho um filho tão maravilhoso, só quero ter muita saúde para poder acompanhar a vida, o crescimento dele, poder trabalhar para poder dar o melhor para ele, para que ele possa crescer e se tornar um homem digno, de caráter, generoso, é o que eu quero.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.