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'Inteligência vaginal': o que é procedimento que Lívia Andrade fez?

Lívia Andrade contou que o procedimento envolve LED na região íntima Imagem: Reprodução/Instagram

De Universa, em São Paulo

29/06/2024 04h00

A apresentadora Lívia Andrade, 41, compartilhou com os seguidores que passou por um procedimento de "inteligência vaginal". A técnica, segundo ela, contou com uma aplicação de um LED íntimo e foi feita após uma consulta de retorno depois de fazer uma video-histeroscopia, um exame intrauterino, há um mês.

O que é "inteligência vaginal"?

Na literatura médica, não existe um procedimento específico com esse nome. O termo designa uma série de intervenções que podem mudar de acordo com a oferta de cada clínica. Pode incluir um ou mais procedimentos, como clareamento vaginal e/ou redução de lábios vaginais. No caso de Lívia, ela afirmou fez a aplicação de LED.

Não existe na literatura médica um consenso sobre o que é esse procedimento. Veio na onda do embelezamento, não é algo oficial. É algo que as clínicas começaram. Larissa Cassiano, ginecologista

O uso de LED íntimo é coadjuvante de tratamento maior. O tratamento por meio de LED é chamado de fotobiomodulação. Segundo a ginecologista Lilian Fiorelli, a luz intervém na biologia celular da região onde é aplicada. No caso de LED vermelha, há uma capacidade de auxiliar em cicatrizações e inflamações. Já a azul é usada para inibir a proliferação de alguns fungos e bactérias. É utilizado por quem tem infecções vaginais recorrentes, como candidíase de repetição.

Mas nenhum deles é um tratamento definitivo. Geralmente são usados como coadjuvantes em um tratamento maior. Não dá para usá-los sozinhos ou substituir os tratamentos tradicionais por essas aplicações. Lilian Fiorelli, ginecologista

Isoladamente, não há comprovação que melhore a imunidade vaginal. A região é uma área que tem uma colônia com vários microrganismos, como bactérias e fungos. Para um bom funcionamento, é necessário que tudo esteja em equilíbrio — tanto os microrganismos considerados "benéficos" quanto os "maléficos". No entanto, ainda não existem estudos suficientes que possam validar que a técnica de modular essa região traga realmente benefícios para a paciente.

É importante que a imunidade da região genital esteja adequada, mas os procedimentos em si não estão validados por entidades médicas e a gente não tem desenho adequado para falar que isso deve ser feito para a população geral. Faltam desenhos melhores do que fazer exatamente e de como fazer. Não temos uma descrição exata do que seria esse procedimento, dos remédios que se deve utilizar. Nada está muito claro. Larissa Cassiano, ginecologista

Para qualquer procedimento na região íntima, é necessário consultar um ginecologista. Cassiano explica que os procedimentos podem, sim, trazer benefícios, mas é necessário um acompanhamento médico, já que eles também podem proporcionar riscos à saúde. Os procedimentos que integram a "inteligência vaginal" podem ser considerados como "saúde suplementar" para casos específicos —e sempre acompanhado de médico especialista.

Tem que ser avaliado de paciente para paciente. Não é um procedimento que a gente pensa pra a população em geral. Larissa Cassiano, ginecologista

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