Seguidores ou talento? Para Luís Miranda ter dom não garante mais bom papel
Ser um bom ator é suficiente para ter um papel na televisão? A resposta é talvez para Luís Miranda. "Tem um negócio estranho que a profissão virou, que é o negócio dos algoritmos", explicou em uma conversa com a também atriz e apresentadora, Maria Ribeiro, no programa "Maria vai com os Outros" do Canal UOL em Universa.
E o habitat desses algoritmos que Luis Miranda critica são as redes sociais, que viraram um novo fator de relevância para escolher quem está apto ou não a interpretar um personagem. É como se além de atuar, ser influenciador fosse um "puxadinho" quase obrigatório para um ator ter sucesso e oportunidades.
Todo mundo tem direito, todo mundo tem acesso, mas eu acho que as pessoas precisam estar mais bem qualificadas. As emissoras, as produtoras, os editores têm a obrigação de respeitar o currículo das pessoas, tem obrigação de respeitar a história das pessoas, tem a obrigação de, antes de indicar uma pessoa, procurar um profissional decente para fazer aquele trabalhoLuís Miranda
Essa chamada por reconhecimento na profissão se encontra com o desejo do público que consome essas produções. Enquanto as emissoras esperam que influenciadores com pouco experiência de atuação levem audiência e prestígio publicitário para as emissoras, o público percebe a fragilidade das interpretações.
"Maria Vai com os Outros" em Universa UOL"
Novos episódios da segunda temporada de "Maria Vai com os Outros" entram na programação do Canal UOL toda quinta-feira. O episódio completo com Luís Miranda fica disponível a partir das 17 horas no Youtube de Universa.
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