Amantes famosos: 8 homens que ficaram na história por serem 'o outro'

Volta e meia nos deparamos com curiosidades sobre amantes famosas, como Marquesa de Santos, Monica Lewinsky ou Madame Pompadour. Porém, há vários homens que também assumiram o papel de "outro" na vida do companheiro e ficaram conhecidos por isso. Eis alguns exemplos:

Leon Trotsky

Em 1937, o político soviético Leon Trotsky (1879-1940) se refugiou no México para fugir das perseguições stalinista e fascista. Ele e sua companheira, Natalia Sedova, ficaram hospedados na célebre Casa Azul, a bela residência dos artistas Frida Kahlo (1907-1954) e Diego Rivera (1886-1957).

A presença dos pares de ambos e da diferença de idade de quase 30 anos não foram impedimentos para que Frida e Trotsky começassem um caso amoroso. O romance arrebatador, tema do livro "Frida e Trotsky: A História de Uma Paixão Secreta" (Ed. Planeta), durou seis meses. Ele de cara caiu de amores por ela.

Frida, por sua vez, apesar de gostar das conversas intelectualizadas de Trotsky, queria apenas dar o troco das inúmeras infidelidades de Rivera —uma delas, inclusive, com sua irmã. Porém, acabou se apaixonando também e até imortalizou o affair —que não vingou, já que nenhum dois dois quis largar seu respectivo par— no quadro "Autorretrato Dedicado a Trotsky".

William Hart

William Shakespeare (1564-1616), um dos maiores dramaturgos da história, se casou com a namorada grávida, Anne Hathaway (sim, como a famosa atriz de Hollywood), aos 18 anos e totalmente contrariado. Ele estava apaixonado pelo figurinista William Hart, que trabalhava em sua companhia.

Para manter o amante sempre por perto, Shakespeare convenceu sua irmã, Joan, a se casar com ele. Vários sonetos que escreveu foram dedicados ao "Sr. W. H.". Quando William morreu, o autor ficou tão arrasado que acabou morrendo na mesma semana.

O Amante de Lady Chaterley

Romance escrito em 1928 pelo inglês D. H. Lawrence (1885-1930) causou furor na época de seu lançamento. E depois, também, já que no Reino Unido o livro só pôde ser impresso em 1960. Tudo porque o caso extraconjugal anunciado no título, um dos mais simbólicos da literatura universal, é descrito com cenas totalmente explícitas nas páginas de obra, com direito a uma sequência eletrizante de um orgasmo feminino.

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Lawrence precisou fazer alterações no manuscrito original para torná-lo mais palatável e menos escandaloso para os leitores. Há rumores de que a história teve como inspiração acontecimentos da vida do próprio autor.

James Hewitt

No livro "A Princesa Apaixonada", lançado em 1994, o major da cavalaria James Hewitt revelou detalhes do caso que manteve com a princesa Diana (1961-1997) durante cinco anos, entre 1986 e 1991. Ele foi instrutor de equitação de Lady Di e recebeu U$ 4,5 milhões para abrir a boca. Entre as diversas confissões picantes, Hewitt relata a ocasião em que transou com ela dentro de um banheiro durante uma festa para 500 convidados.

Em novembro de 1995, ainda casada com o príncipe Charles, Diana admitiu o romance em uma entrevista para a BBC, na qual ainda declarou dúvidas sobre a competência do marido para assumir o trono britânico. No ano passado, Hewitt acabou de vez com as especulações de que seria o verdadeiro pai do príncipe Harry, negando a paternidade. As semelhanças entre os dois sempre geraram suspeitas, ainda mais porque a realeza fazia vista grossa para a relação com Diana.

Marc Christian

Uma das primeiras vítimas famosas a sucumbir à Aids, o ator Rock Hudson (1925-1985) durante anos teve de esconder sua homossexualidade para garantir o sucesso como galã no cinema. Os executivos de Hollywood até armaram um casamento falso com sua secretária particular, Phyllis Gates, para minimizar as fofocas que nunca deixaram de existir.

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Após sua morte, seu ex-amante, Marc Christian, entrou com um processo na Justiça por danos físicos e morais, afirmando não ter sido informado sobre o estado de saúde do ator enquanto estavam juntos. Christian ainda processou o secretário pessoal de Hudson, acusando-o de mentir sobre a doença do namorado. No fim, ele recebeu uma indenização de U$ 5,5 milhões e morreu de problemas pulmonares em 2009.

John Brown

Uma das monarcas mais emblemáticas da história, a Rainha Victoria (1819-1901) sofreu imensamente com a morte de seu amado, o príncipe Albert, em 1861. No entanto, o célebre luto da monarca do Reino Unido não foi tão assim, digamos, completo. Victoria manteve um caso discreto com um criado escocês chamado John Brown —dizem que, quando a rainha morreu, ela foi enterrada com uma foto e uma mecha dos cabelos de John, que já havia partido em 1883.

Com a morte do servo, Victoria acabou se aproximando de outro empregado, o indiano Abdul Karim, mas a tônica do relacionamento entre os dois nunca foi desvendada de fato. Os filmes "Sua Majestade, Mrs. Brown" (1997), de John Madden, e "Victoria e Abdul - O Confidente da Rainha" (2017), de Stephen Frears, contam as duas histórias.

Victor Hugo

O famoso romancista francês (1802-1885), autor de obras-primas como "Nossa Senhora de Paris" ("O Corcunda de Notre-Dame") e "Os Miseráveis", casou-se virgem, mas, depois que descobriu os maravilhosos prazeres do sexo, não sossegou mais o facho.

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Durante um bom tempo colecionou amantes em Paris, algumas delas casadas como Léonie Briard, cujo marido os pegou em flagrante e chamou a polícia. A moça foi presa e depois enviada para um convento, onde ficou por dois meses. O escritor saiu da história livre, leve e solto —e os dois, tempos depois, retomaram o romance, mesmo com Léonie ainda comprometida.

Dilermando Cândido de Assis

Alto, loiro e bonitão, aos 17 anos, o militar gaúcho (1888-1951) se apaixonou perdidamente por Ana Emília Ribeiro (1872-1951), 16 anos mais velha e esposa do escritor e engenheiro militar Euclides da Cunha. Como Euclides tinha de viajar muito a trabalho, os dois aproveitavam as longas ausências do autor de "Os Sertões" para se encontrarem.

Ao descobrir o caso, Euclides tentou assassinar o amante da mulher, mas acabou sendo morto por ele no dia 15 de agosto de 1909. Ana e Dilermando tiveram dois filhos, registrados no nome de Euclides, e chegaram a oficializar a união, desfeita 20 anos após ela descobrir que o militar a traía.

Uma curiosidade trágica: para vingar a morte do pai, em 1916, o jovem Euclides da Cunha Filho atirou em Dilermando que, mesmo machucado, o matou. Esses encontros e desencontros dramáticos foram contados na minissérie "Desejo", exibida pela Rede Globo em 1990, com Vera Fischer, Guilherme Fontes e Tarcísio Meira nos papéis principais.

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