Meu filho faz visita assistida ao pai e eu que pago as despesas. É justo?

No Metendo a Colher desta segunda-feira (29/7), uma seguidora de Universa relata para a colunista Cris Fibe que paga as despesas para que seu filho consiga visitar "o pai agressor e negligente".

"A responsabilidade será sempre da mulher: financeira, de escolha e bem-estar", diz ela. Para Cris Fibe, a situação descrita mostra como a Justiça brasileira precisa de ajustes, "para dizer o mínimo".

Fibe diz que o fato de a criança só poder visitar o pai sob a supervisão de outra pessoa já é um indício "lamentável" sobre ele, uma vez que o objetivo da visita assistida é proteger a criança de um risco existente ou iminente, quando o genitor em questão apresenta comportamento periculoso ou possui histórico de agressões, abusos e violências.

"E a mãe, ainda por cima, com medo de a criança não ser bem tratada, não ser alimentada, não ter troca de roupa às vezes, vai lá e manda a mochilinha e entrega o filho para esse agressor", acrescenta ela.

Para a colunista, o caso ainda revela outro problema: o fato de que as varas de família não são integradas com as varas criminais.

"Então, muitas vezes, o juiz de família decide sem acompanhar o processo criminal e, se mãe se recusar, ela vai ser enquadrada ou corre o risco de ser enquadrada na alienação parental e até de perder a guarda completa da criança", diz ela.

É uma situação muito lamentável. Eu sinto muito pela sua situação e que a Justiça brasileira perceba que precisa fazer ajustes, para dizer o mínimo. Cris Fibe

Toda segunda-feira, a jornalista Cris Fibe tira dúvidas sobre violência contra a mulher no quadro "Metendo a Colher", publicado nas redes sociais de Universa.

Opinião

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Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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