Quer ser mais feliz no sexo? Veja 6 atitudes que precisam ser repensadas
Colaboração para Universa*
11/08/2024 05h30
Devemos apostar em várias coisas para ter mais prazer na cama: na masturbação, na quebra de tabus, na imaginação, em sex toys. Tão importante quanto, porém, é reconhecer de quais atitudes e pensamentos é preciso abrir mão e se libertar para, enfim, se dar uma chance de conquistar uma realização sexual plena e saudável.
Veja alguns exemplos abaixo:
Veja também
Não falar o que quer com medo de ser julgada
Dizer do que gosta ou não na cama, para muitas mulheres, é uma atitude muito difícil. E o receio da exposição, na maioria das circunstâncias, é calcado em fatores justificáveis: educação repressora, crenças limitantes, tabus que atravessam gerações, experiências anteriores ruins.
No entanto, se a mulher não tiver coragem de dizer que prefere determinado estímulo e posição, pois é assim que obtém orgasmo, dificilmente vai ter uma vida sexual saudável e prazerosa. Se você está a fim de inovar, fale. Muitas pessoas sentem tesão em ouvir certos pedidos. As chances de vocês entrarem em sintonia e terem um sexo bem mais gostoso são grandes.
Ultrapassar limites para agradar
Se você não se sente à vontade para praticar sexo anal ou realizar determinada fantasia, não faça. Jamais ultrapasse seus limites, pois você estará violando seus prazeres e se desrespeitando e não há nada no mundo que valha mais que seus próprios valores e desejos.
Sexo bom deve ser sempre bom para os dois. Se for apenas para uma das partes, já está tudo em desajuste. O diálogo e os acordos prévios são os ingredientes fundamentais para alcançar isso.
Fingir orgasmo
Você pode até enganar o parceiro, mas não engana a si mesma. Fingir orgasmo gera ansiedade, expectativa e frustração e isso pode comprometer todas as transas futuras. O parceiro precisa saber que ainda não foi dessa vez e que talvez precise se empenhar um pouco mais nas preliminares, no ato, no afeto, no carinho.
Ao admitir que não gozou, você abre uma excelente oportunidade para começarem a "treinar" novamente em busca desse 'tal orgasmo' que nem sempre se acha com facilidade. O que vale é o prazer compartillhado no processo e não o resultado.
Querer gozar sempre
Muitas vezes pensamos - de maneira errônea - que o sexo se baseia em penetração, orgasmo e pronto, mas o sexo vai muito mais além. Trata-se de aproveitar o percurso, sentir cada carícia e movimento e se conectar com seu parceiro. Afinal, a tensão em gozar atrapalha tudo.
Essa ansiedade toda faz mal e tem o efeito contrário ao esperado, não permitindo que você sinta prazer. Tente relaxar o corpo e a mente e aproveitar o momento.
Ignorar desconfortos e continuar a transa
Desista de tentar ser a Mulher Maravilha em nome do prazer a todo custo. Incômodos como cãibras, ardência na penetração e dores físicas devem ser comunicados imediatamente ao parceiro. Assim é possível parar e verificar o que está acontecendo.
Às vezes, uma troca de posição já melhora a situação. Às vezes, deixem para recomeçar no outro dia, em outro momento. Seguir em frente desrespeitando os próprios limites apenas para "cumprir tabela" ou agradar alguém não vale a pena. Porque, no fim das contas, de que forma você estará curtindo?
Ter vergonha do próprio corpo
Enquanto a mulher achar que o seu corpo define quem ela é, fica difícil se olhar sem todas as sensações negativas que ele causa, como vergonha, frustração, insatisfação e raiva.
É preciso, antes de mais nada, treinar olhar para o seu corpo de fora, lembrando sempre que ele é apenas um detalhe dentro de tudo o que ela é. Mesmo porque a silhueta não tem nada a ver com a disposição de uma pessoa em dar e receber prazer, em se entregar na cama e em curtir o momento plenamente, não é mesmo?
Fontes: Gislene Teixeira, especialista em relacionamento e sexualidade e mediadora de conflitos, de São Paulo (SP); e Raquel Fernandes Marques, psicóloga de São Paulo (SP)
*Com matéria publicada em 08/07/2019